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Pentágono diz que ataques dos EUA atrasaram programa nuclear do Irã em anos

Declaração vai na contramão de suposto relatório da Agência de Inteligência de Defesa, divulgado pelo NYT no final de julho, que citava prejuízo de alguns meses

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jul 2025, 13h57

O Pentágono disse nesta quinta-feira, 3, que os ataques contra o Irã atrasaram o programa nuclear do país em cerca de dois anos. A declaração vai na contramão de um suposto relatório Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos, divulgado pelo jornal americano The New York Times, que dizia que as explosões haviam adiado os planos de Teerã em apenas três meses.

“Nós degradamos o programa deles em um ou dois anos, pelo menos avaliações de inteligência dentro do Departamento (de Defesa) indicam isso”, afirmou o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, em coletiva de imprensa, mas sem apresentar evidências.

“Todas as informações que vimos nos levaram a acreditar que as instalações do Irã, especialmente aquelas, foram completamente destruídas”, acrescentou ele, em referência às centrais nucleares iranianas bombardeadas: Fordow, Natanz e Isfahan.

Na semana passada, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, anunciou que as instalações nucleares do país foram “gravemente danificadas” após “repetidos ataques” de Israel e dos Estados Unidos. Em entrevista à emissora árabe Al Jazeera, ele informou que a Organização de Energia Atômica do Irã avalia os três locais atingidos.

Baghaei também aumentou as críticas ao governo americano, afirmando que os EUA “torpedearam a diplomacia”. Ele argumentou que “enquanto eles (Estados Unidos) falavam sobre diplomacia, deram sinal verde para os israelenses atacarem o Irã”. O porta-voz indicou, então, que não havia como manter “qualquer confiança” na Casa Branca depois dos bombardeios de 13 de junho.

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Relatório anterior

Um relatório preliminar dos Estados Unidos havia indicado que os ataques americanos ao Irã isolaram as entradas de duas instalações nucleares, mas não foram capazes de desabar os prédios subterrâneos. O documento, cujos supostos resultados foram divulgados pelo NYT no final de junho, sugeriu que o programa nuclear iraniano teria sido atrasado apenas em alguns meses, na contramão de declarações do presidente Donald Trump, que alega que os alvos foram “totalmente destruídos”, gerando um prejuízo de anos.

O levantamento também indicou que grande parte do estoque de urânio enriquecido iraniano havia sido transferido para instalações secretas antes dos ataques e que, na verdade, pouco material nuclear foi destruído. Caso esse cenário seja verdadeiro, o Irã ainda teria plena capacidade para produzir uma bomba nuclear em pouco tempo.

 

 

 

 

 

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