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Pequim acusa Reino Unido de recrutar casal chinês para espionagem

China diz que marido e mulher passavam informações sobre 'unidades-chave' de uma agência estatal ao MI6, serviço secreto britânico

Por Da Redação
3 jun 2024, 09h20

O Ministério da Segurança do Estado (MSS) da China, agência de inteligência e da polícia secreta do país, afirmou nesta segunda-feira, 3, que descobriu um “grande caso de espionagem” envolvendo um casal chinês recrutado pelo pelo MI6, serviço secreto do Reino Unido.

Segundo Pequim, marido e mulher trabalhavam em “unidades-chave” de uma agência estatal chinesa, uma acusação que ocorre após vários casos de suposta espionagem por parte da China no Reino Unido, Alemanha e Bélgica.

Numa publicação na rede social chinesa WeChat, o MSS disse que o marido, de codinome Wang, foi recrutado antes da esposa, quando viajou para o Reino Unido em 2015 como parte de um programa de intercâmbio. Em território britânico, “o MI6 providenciou deliberadamente que funcionários relevantes cuidassem especialmente dele”, afirmou o MSS, descrevendo convites para jantares, visitas e passeios. Segundo Pequim, o objetivo do serviço secreto britânico era “compreender as fraquezas e interesses de seu caráter”.

O comunicado afirmou que o MI6 aproveitou o “forte desejo por dinheiro” de Wang e o contratou para prestar “serviços de consultoria” antes de convencê-lo a retornar à China como um espião do governo britânico. Através dele, a inteligência britânica teria recrutado em seguida sua esposa, de sobrenome Zhou. Wang teria hesitado, mas “não conseguiu resistir à insistente persuasão, sedução e até mesmo coerção britânica”, afirmou o MSS.

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A agência de inteligência chinesa disse que o caso estava sob investigação, mas não informou se o casal foi detido ou acusado de algum crime.

Denúncias anteriores

Em janeiro, o MSS já havia acusado o MI6 de recrutar um cidadão de um terceiro país, que não foi identificado, para espionar o governo chinês, instruindo-o a “usar sua identidade pública” para recolher informações de inteligência durante múltiplas viagens à China desde 2015.

As denúncias abertas fazem parte de uma imagem mais pública que a agência de inteligência chinesa tem cultivado. Após abrir uma conta no WeChat no ano passado, o MSS tem usado a rede social para discutir casos de espionagem e aconselhar a população da China sobre como evitar a “cooptação” por forças estrangeiras.

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Espionagem chinesa

No mês passado, três homens – um agente de imigração chamado Matthew Trickett, uma autoridade comercial de Hong Kong que trabalha no Reino Unido e um oficial da Força de Fronteira – foram acusados ​​por um tribunal de Londres de transmitir informações ilegalmente ao serviço de inteligência de Hong Kong. Pequim disse que as acusações eram falsas e chamou as detenções de “arbitrárias”.

Trickett, um ex-militar da Marinha britânica, foi encontrado morto em um parque perto de sua casa em Berkshire, uma semana depois das acusações. A polícia disse que a morte era “inexplicável”.

Além disso, em abril, dois cidadãos britânicos, incluindo um assessor parlamentar, foram acusados ​​de fornecer informações prejudiciais sobre o Reino Unido à China. No mesmo mês, três alemães foram detidos sob suspeita de transmitir dados militares a autoridades chinesas em troca de dinheiro. Mais tarde, um conselheiro do partido populista de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) foi preso sob suspeita de espionagem para Pequim.

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A China rejeitou todas as acusações como “calúnia maliciosa”.

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