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Pequim rebate após Trump acusar China e Rússia de fazerem testes nucleares secretos

Porta-voz do governo chinês diz que país 'cumpre seu compromisso' de suspender tais experimentos, negando violação de tratado

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 nov 2025, 09h17 - Publicado em 3 nov 2025, 09h02

A China negou nesta segunda-feira, 3, que estaria fazendo testes nucleares secretos, como havia acusado na véspera o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração do americano veio durante entrevista ao programa “60 Minutes”, da emissora CBS, durante a qual ele afirmou que tanto Pequim quanto a Rússia estariam realizando ensaios subterrâneos com armas nucleares, escondidos do público.

“A Rússia e a China fazem testes, mas não falam sobre isso”, disse ele, insinuando que as duas potências estariam violando tratados internacionais de não proliferação de armas nucleares. “Não se sabe ao certo onde eles estão realizando os testes. Eles estão sendo feitos em locais subterrâneos profundos, onde as pessoas não sabem exatamente o que está acontecendo”, ressaltou.

O comentário veio quando o presidente foi questionado sobre sua surpreendente diretiva, emitida na última quinta-feira 30, para que os Estados Unidos realizassem testes nucleares, citando ambas as potências rivais. No “60 minutes”, ele bateu na mesma tecla: “Não quero ser o único país que não realiza testes”, afirmou, acrescentando a Coreia do Norte e o Paquistão à lista de nações que acusa de testarem seus arsenais.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, rebateu Trump nesta segunda ao rejeitar veementemente as alegações. “A China sempre seguiu o caminho do desenvolvimento pacífico, mantém a política de não ser a primeira a usar armas nucleares, defende uma estratégia nuclear de autodefesa e cumpre seu compromisso de suspender os testes nucleares”, afirmou ela em uma coletiva de imprensa em Pequim.

As acusações de Trump ocorrem após a Rússia escalar a retórica nuclear com o anúncio recente do teste de um novo míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, o Burevestnik, e de um supertorpedo movido a energia nuclear, o Poseidon, que analistas julgam ser capaz de devastar regiões costeiras com ondas oceânicas radioativas. Nenhum país além da Coreia do Norte, porém, realizou uma detonação de ogiva atômica em décadas. Rússia e a China não fazem testes do tipo desde 1990 e 1996, respectivamente.

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Panorama nuclear

Rússia e EUA, juntos, possuem cerca de 90% de todas as armas nucleares. O tamanho de seus respectivos estoques militares (ou seja, ogivas utilizáveis) parece ter permanecido relativamente estável em 2024, mas ambos os países estão implementando extensos programas de modernização, que podem aumentar o tamanho e a diversidade de seus arsenais no futuro.

Segundo um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), divulgado em junho, os Estados Unidos detém cerca de 5.328 ogivas, enquanto a Rússia é dona de 5.580. Em sequência, na lista, ficam China (500), França (290), Reino Unido (225), Índia (172), Paquistão (170), Israel (90) e Coreia do Norte (50).

Mesmo atrás, a China tem o arsenal nuclear com crescimento mais rápido entre todos os países, com cerca de 100 novas ogivas por ano desde 2023. Até janeiro de 2025, já havia concluído ou estava perto de concluir cerca de 350 novos silos de ICBM em três grandes campos desérticos no norte do país e três áreas montanhosas no leste. Ainda que Pequim atinja o número máximo projetado de 1.500 ogivas até 2035, o número representará apenas um terço de cada um dos atuais estoques nucleares de Moscou e de Washington.

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