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Perdendo terreno na Ucrânia, Rússia ataca civis em área residencial

Mísseis destruíram prédio em Kryvyi Rih, cidade natal do presidente Zelensky, deixando ao menos 10 mortos e 28 feridos

Por Da Redação
Atualizado em 13 jun 2023, 08h55 - Publicado em 13 jun 2023, 08h53

Um ataque da Rússia com mísseis deixou pelo menos 10 civis mortos em um prédio de residencial na cidade de Kryvyi Rih, no sul da Ucrânia, nesta terça-feira, 13. A investida contra a terra natal do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ocorre enquanto as forças de Moscou perdem terreno no início da contraofensiva de Kiev.

Kryvyi Rih, que fica a meia hora de carro da represa de Nova Kakhovka, em Kherson – cuja destruição na semana passada inundou uma área de mais de 600 quilômetros quadrados no sul do país –, foi atingida por mísseis pela manhã. Autoridades disseram que pelo menos 28 pessoas ficaram feridas e outras ainda podem estar presas sob os escombros do prédio de cinco andares.

Segundo relatos feitos à agência de notícias Reuters, houve duas explosões, que deixaram a rua e o pátio do edifício cobertos de vidro e tijolos. Pelo menos cinco carros também foram destruídos.

“Os assassinos russos continuam sua guerra contra prédios residenciais, cidades e pessoas comuns”, disse o presidente Zelensky em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram.

Moscou nega ter atingido civis intencionalmente. Nas últimas semanas, o Kremlin intensificou ataques de mísseis e drones contra cidades ucranianas, assim que Kiev lançou uma aguardada contraofensiva para retomar território controlado pelos soldados russos.

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Após sete meses de uma grande ofensiva russa que rendeu pouquíssimos ganhos, apesar dos combates terrestres serem os mais sangrentos no continente europeu desde a II Guerra Mundial, a Ucrânia iniciou sua investida na semana passada. A ofensiva ucraniana conta com dezenas de milhares de novos soldados e centenas de blindados ocidentais ainda em stand-by.

Imagens de vídeo feitas em aldeias no front, e verificadas por órgãos independentes, mostram que a Ucrânia já conquistou mais terreno nos últimos dois a três dias do que em qualquer momento desde novembro do ano passado. No entanto, ainda não conseguiu ultrapassar as principais linhas de defesa da Rússia, que Moscou reforçou por meses na espera dos ataques de Kiev.

Depois de uma semana sem fornecer informações sobre sua ofensiva, a Ucrânia disse na segunda-feira 12 que recapturou sete assentamentos até agora. Segundo a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, seus soldados avançaram até 6,5 quilômetros, e ocuparam 90 quilômetros quadrados de terreno ao longo de um trecho de 100 quilômetros da linha de frente no sul do país.

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A Rússia não reconheceu nenhum ganho ucraniano, e diz que suas forças repeliram todos os avanços desde 4 de junho.

Moscou também acusou Kiev de bombardeios dentro de seu país. O governador da região russa de Kursk disse, também nesta terça-feira, que várias casas foram danificadas e a energia elétrica foi cortada em duas aldeias na região perto da fronteira ucraniana. O governo de Zelensky não respondeu, como é de praxe em relação a relatos de incidentes dentro do território russo.

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