Peru declara emergência ambiental após vazamento de petróleo no mar
Ministério Público do país abriu investigação contra empresa estatal responsável por possível crime de contaminação ambiental

O governo do Peru declarou nesta quarta-feira, 25, emergência ambiental por 90 dias na província de Talara, região turística no norte do país, devido a um vazamento de petróleo da empresa estatal Petroperú no mar na semana passada.
A medida exige a realização de ações para “garantir a manutenção sustentável da área afetada, através de trabalhos de recuperação para mitigar a contaminação ambiental, visando proteger a saúde da população”, de acordo com uma resolução do Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com o Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (OEFA), o óleo derramado se espalhou por uma área entre 47 e 229 hectares, atingindo desde a refinaria de Talara até a praia de Cabo Blanco. O volume exato de petróleo derramado não foi divulgado, mas estimativas da empresa estatal indicam que seria o equivalente a cerca de 200 litros.
O vazamento foi detectado na última sexta-feira, 20, na praia de Las Capullanas, durante o embarque de óleo no navio Polyaigos. A Petroperú, responsável pela operação, informou que os esforços de limpeza do óleo em cerca de seis praias afetadas no distrito de Lobitos foram “praticamente concluídos”, enquanto o gerente da empresa, Óscar Veran, declarou que “a água está totalmente limpa e cristalina”.
O gerente da Petroperú ainda minimizou a gravidade do ocorrido, afirmando que não se tratou de um derramamento, já que, segundo ele, “o hidrocarboneto cobriu uma área limitada”.
O Ministério Público do Peru abriu uma investigação contra a Petroperú no domingo por possível crime de contaminação ambiental, citando evidências da “presença de uma substância oleosa e sedimentos impregnados tanto no mar quanto na areia da praia de Las Capullanas”, além de “aves e fauna marinha gravemente afetadas pela contaminação das águas”.