Pesquisa boca de urna indicou que o Partido Socialista, de centro-esquerda, obteve a maioria dos votos nas eleições legislativas deste domingo em Portugal e deve seguir no governo por mais quatro anos. O levantamento sinalizou, no entanto, que a sigla não deve atingir maioria na Assembleia da República, o Parlamento do país.
Segundo projeções feitas pela ICS/ISCTE/GfK Metris, divulgada pela rede de televisão SIC, os socialistas ficaram com entre 36% e 40% dos votos. Já o principal partido de oposição, o Social Democrata, tem entre 24% e 28%. O Bloco de Esquerda teria de 9% a 12%, o Partido Comunista Português, de 5% a 7%, e os Democratas-Cristãos, entre 2,4 e 5%.
Se confirmados os números, o Partido Socialista precisará buscar alianças com outros partidos de esquerda, como fez no último mandato com o Partido Comunista Português e com o radical Bloco de Esquerda.
O líder socialista e atual primeiro-ministro Antonio Costa assumiu o poder quatro anos atrás, com a promessa de desfazer as medidas de austeridade introduzidas durante a crise financeira, quando Portugal precisou de um resgate internacional. Agora, seu governo estaria pronto para colher os frutos de uma recuperação econômica nos últimos anos. O crescimento passou de 0,2%, em 2014, para 2,1%, em 2018, e o desemprego caiu cerca de metade, para 6%, durante esse período.
A pesquisa também apontou um índice de abstenção entre 47,5% e 51,5%, o que seria um recorde no país. Nas eleições de 2015, o porcentual chegou a 44,1%. Outros veículos de imprensa portugueses também destacavam a alta abstenção. A rede RTP citou projeções feitas pela Universidade Católica que indicaram taxa entre 44% e 49%. A estimativa da TVI/Pitagórica sugeria abstenção entre 35,4% e 39,4%, e a Aximage estimou para o Correio da Manhã abstenção entre 44% e 48%.