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Piloto que tentou desligar motores de avião nos EUA pede desculpas em tribunal

Joseph Emerson declarou-se responsável pelo episódio de 2023 e pode pegar até 20 anos de prisão

Por Anita Prado 6 set 2025, 11h00

Joseph Emerson, ex-piloto da Alaska Airlines que tentou desligar os motores de um avião em pleno voo em outubro de 2023, assumiu a culpa pelo episódio durante audiência realizada na sexta-feira, 5, em Portland, Oregon. Aos 46 anos, ele declarou-se culpado no processo federal por interferência com a tripulação, crime que prevê até 20 anos de prisão e multa de 250 mil dólares. “O que aconteceu foi errado e não deveria ter acontecido, e eu assumo a responsabilidade por isso”, disse no tribunal. Emerson agradeceu aos pilotos e comissários que o impediram e afirmou que se compromete a “progredir e me tornar uma pessoa melhor”.

Segundo o New York Times, o acordo judicial firmado na corte federal garante que os promotores recomendarão um ano de prisão, enquanto a defesa pedirá liberdade condicional. A sentença está marcada para 17 de novembro. No mesmo dia, Emerson também fechou acordo no processo estadual em Oregon, no qual inicialmente enfrentava dezenas de acusações de tentativa de homicídio. Ele se declarou não contestar 83 acusações de colocar passageiros em risco e uma de colocar em perigo uma aeronave. Foi condenado a 50 dias de prisão já cumpridos, cinco anos de liberdade condicional, 664 horas de serviço comunitário e ao pagamento de 60 mil dólares à Alaska Airlines.

O caso ocorreu em 22 de outubro de 2023, quando Emerson viajava no assento extra da cabine de um voo da Horizon Air, subsidiária da Alaska Airlines, entre Everett, em Washington, e San Francisco. Durante o trajeto, tentou acionar as alavancas de extinção de incêndio dos motores, que cortam o fornecimento de combustível. Os pilotos reagiram rapidamente, impediram o desligamento e desviaram a aeronave para Portland, onde Emerson foi preso. Já imobilizado, ele ainda tentou puxar a alavanca de uma saída de emergência, mas foi contido pela tripulação.

Em documentos judiciais, Emerson relatou que havia consumido cogumelos de psilocibina dois dias antes do voo, durante uma viagem para lidar com o luto pela morte de um amigo. Disse que ainda sofria os efeitos da droga e acreditava estar preso em um sonho. “Achei que, se desligasse os motores, o avião começaria a cair e eu acordaria”, declarou em depoimento. Segundo a promotoria, ele não dormia há mais de 48 horas e sofria de um quadro chamado transtorno de percepção persistente por alucinógenos, que pode prolongar os efeitos da substância.

Emerson, que se descreveu como em recuperação do alcoolismo, afirmou que o episódio foi “os piores 30 segundos” de sua vida. Disse também que não apenas prejudicou os passageiros, mas manchou sua profissão. Desde então, ele e a esposa fundaram uma organização sem fins lucrativos, a Clear Skies Ahead, voltada para apoiar pilotos em dificuldades psicológicas. Tem viajado de carro e ônibus pelos Estados Unidos para falar sobre saúde mental, mas nunca mais entrou em um avião.

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