Polícia argentina cumpre mandados de busca envolvendo suposta propina ligada à irmã de Milei
Karina Milei é citada em vazamento de mensagens de Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional de Deficiências, destituído do cargo na quinta-feira

A polícia de Buenos Aires cumpriu nesta sexta-feira, 22, 16 mandados de busca para coletar provas para uma investigação sobre um suposto caso de corrupção na Agência Nacional de Deficiências, na qual a irmã do presidente Javier Milei, Karina Milei, é citada, segundo informações da agência de notícias AFP.
A investigação segue o vazamento de áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-chefe da agência, destituído do cargo na quinta-feira, nos quais ele teria feito alusão a subornos e menciona Karina, atualmente secretária da Presidência, e outros funcionários do alto escalão do governo. A veracidade dos áudios ainda não foi comprovada pela Justiça, embora fontes ligadas ao caso tenham afirmado à AFP, sob anonimato, que até o momento eles não foram desmentidos.
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Nos áudios, são relatadas supostas solicitações de subornos, envolvendo Karina e o subsecretário de Gestão, Eduardo Menem.
“Eles estão roubando, você pode fingir que não vê, mas não joguem esse fardo pra mim. Tenho todos os WhatsApps da Karina”, diz a voz, supostamente de Spagnuolo, no áudio vazado.
A Justiça ainda não ordenou nenhuma prisão nem foram divulgadas acusações formais, em razão do segredo de justiça.
O governo tem se mantido em silêncio em relação ao caso, que coincide com a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 26 de outubro, nas quais será avaliado o apoio à gestão do presidente ultraliberal.