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Polícia da Itália prende 181 pessoas em operação contra máfia siciliana Cosa Nostra

Esta é maior ação visando a rede criminosa desde setembro de 1984, segundo mídia local

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 fev 2025, 14h18

A polícia italiana prendeu 181 pessoas nesta terça-feira, 11, em uma série de operações para “desmantelar” clãs da máfia que opera na capital de Sicília, Palermo, e em regiões próximas. Ao todo, mais de 1.200 agentes estiveram envolvidos nas batidas, que tinham como objetivo impedir que a Cosa Nostra reconstruísse sua cúpula, como é chamado o órgão que governa a organização criminosa.

A máfia siciliana, que aterrorizou o país nas décadas de 1980 e 1990, tem um histórico centenário de influência na comuna italiana, com táticas que incluem desde a extorsão de empresas ao lucrativo tráfico de drogas. Ainda que uma gama de chefes dos clãs tenha sido presa ao longo de décadas, vários deles foram soltos nos últimos meses após recursos judiciais.

O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, enalteceu a ação realizada pela polícia de Palermo em publicação na rede social X, antigo Twitter. “Mais de 180 pessoas foram presas, incluindo várias figuras proeminentes da Cosa Nostra.”

A imprensa italiana reportou que esta é a maior operação contra a máfia siciliana desde setembro de 1984. Há quase exatamente quarenta anos, foram emitidos 366 mandados de prisão contra membros do grupo e cúmplices após as revelações do mafioso Tommaso Buscetta, que virou informante. As prisões resultaram no megajulgamento de 1986, com 346 condenações, 19 delas à prisão perpétua.

Ao mesmo tempo, a investigação da polícia apontou que aqueles que ainda permanecem por trás das grades continuam a manter influência sobre os membros que estão do lado de fora. Segundo os Carabinieri, polícia militar italiana, celulares foram contrabandeados para dentro das celas, permitindo a continuidade das atividades criminosas. 

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Eles também descobriram que Cosa Nostra atualizou suas práticas e que, agora, não é necessário que os integrantes se encontrem pessoalmente. Além disso, a polícia identificou chats criptografados da máfia ao instalar escutas nas casas e carros dos suspeitos. A moderna criptografia impossibilitou que os agentes de segurança conseguissem ter acesso completo às informações, o que reduziu sua capacidade de espionagem.

A investigação abrangeu suspeitas de crimes variados, incluindo tentativa de homicídio e crime armado. No momento, a polícia tenta encontrar membros dos chats que respondiam pelos codinomes “Robert de Niro” e “Homem-Aranha”, de acordo com o jornal italiano La Repubblica.

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Entre os presos, estão chefes da máfia que já haviam sido detidos, como Tommaso Lo Presti, que foi solto em 2023 após cumprir pena de 12 anos. Naquele ano, Matteo Messina Denaro, considerado o último Poderoso Chefão da Sicília, foi preso durante atendimento médico em uma clínica local. Ele faleceu de câncer pouco depois.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, comemorou a “operação extraordinária” que chamou de “duro golpe à Cosa Nostra”, em publicação no X. “A luta contra a máfia não para e nunca parará.”

Meloni escreveu ainda que o crime organizado está encurralado, citando uma fala de um preso, segundo ela, obtida por meio de escutas. Ele teria dito que “a Itália se tornou desconfortável para nós, eu tenho que sair”.

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