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Polícia é criticada após permitir manifestação neonazista em Paris

França marcou nesta segunda-feira seu tradicional feriado que comemora a vitória das forças aliadas sobre a Alemanha nazista em 1945

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2023, 17h20 - Publicado em 8 Maio 2023, 17h19

Manifestantes de extrema-direita tomaram conta das ruas de Paris neste sábado, 6, em uma marcha que reuniu cerca de 600 neonazistas para marcar a morte do ativista de direita Sebastien Deyzieu, em 1994. Após a passeata, a polícia de Paris e o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, foram amplamente criticados nesta segunda-feira, 8, por autorizarem a manifestação. 

A marcha de sábado foi palco de bandeiras e slogans extremistas sob o olhar da polícia, que foi vista patrulhando as proximidades. Dois dias depois da manifestação – também nesta segunda-feira – a França marcou seu tradicional feriado que comemora a vitória das forças aliadas sobre a Alemanha nazista em 1945 e as vidas perdidas na luta contra o fascismo.

O encontro de extremistas de direita que deste fim de semana ocorreu ao mesmo tempo que as autoridades reprimiram os manifestantes que batiam panela contra o governo e a reforma da previdência aprovada pelo Emmanuel Macron, presidente francês. Além disso, novas restrições foram implementadas nesta segunda-feira com o objetivo de proteger o chefe de Estado do país. 

“Panelas são aparentemente mais perigosas do que ruídos de botas militares”, disse o porta-voz do Partido Comunista, Ian Brossat, à Agence France-Presse (AFP)

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Macron participou da cerimônia do memorial de guerra do Arco do Triunfo, na Champs-Elysées, em Paris. Qualquer tipo de protesto durante a cerimônia foi proibido. Ao mesmo tempo, a polícia no leste de Lyon também proibiu manifestações no feriado nacional perto do  memorial de guerra onde Macron deveria prestar homenagem ao herói da resistência francesa, Jean Moulin.

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Enquanto os protestos contra o governo são proibidos, os extremistas reunidos no sábado finalizaram a manifestação entoando  “Europa, juventude, revolução”, o slogan do violento grupo estudantil de extrema-direita Groupe Union Défense (GUD) que foi influente na década de 1990, informou a AFP.

“Explique-se”, pediu o senador do Partido Socialista, David Assouline, a Darmanin, em publicação nas redes sociais. “É inaceitável ter permitido que 500 neonazistas e fascistas desfilassem no coração de Paris. Suas organizações, a exibição de sua ideologia, slogans, insígnias são tanto um insulto aos mortos quanto uma incitação ao ódio racial”. 

A instituição de caridade de esquerda Attac também criticou a marcha, afirmando que esta foi uma clara demonstração de “ódio o com total impunidade no centro de Paris, enquanto o estado tenta proibir o uso de panelas”

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Em respostas às críticas, o departamento de polícia de Paris reagiu explicou que não tinha poderes legais para impedir uma manifestação, a não ser que ela representasse um  “risco comprovado à ordem pública”.

“Dado que esta manifestação não causou nenhum problema ou problema de ordem pública nos anos anteriores, o prefeito de Paris não estava em posição de tomar medidas para proibi-la”, comunicou. 

Durante a marcha de sábado, dois ex-membros do GUD, Axel Loustau e Olivier Duguet, foram fotografados,  informou o site Mediapart. Ambos já trabalharam com a líder política de extrema-direita francesa Marine Le Pen. 

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