Nesta sexta-feira, 13, em Jerusalém, a polícia de Israel repreendeu com cassetetes uma procissão durante o funeral da jornalista americana Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera. Ela foi morta na quarta-feira 11, baleada enquanto cobria uma batida militar do exército israelense na Cisjordânia. A Palestina acusa Israel de assassinar a correspondente.
Mais de cem pessoas se reuniram em frente ao hospital St. Joseph, em Jerusalém, antes do enterro, e começaram a carregar o caixão de Abu Akleh a pé para a Igreja Ortodoxa Grega. A polícia israelense estava alinhada do lado de fora do hospital, e bloqueios policiais foram montados na área.
On Wednesday, Israeli occupation forces killed Shireen Abu Aqleh.
Then, Israeli forces raided her family home to take down a Palestinian flag.
Today, Israeli forces have attacked mourners at her funeral in Jerusalem. pic.twitter.com/gPHVsCAsjH
— Ben White (@benabyad) May 13, 2022
Quando o caixão foi levado para fora do hospital, o grupo encontrou forte resistência da polícia israelense, que comandou que o transporte fosse feito de carro.
Depois do disparo de bombas de gás lacrimogêneo, imagens ao vivo da emissora Al Jazeera mostraram a polícia israelense espancando os enlutados com cassetetes. O corpo foi levado de volta ao hospital e depois transportado de carro, segundo a Al Jazeera.
A jornalista era uma voz proeminente no mundo árabe. As circunstâncias de sua morte permanecem obscuras. A Autoridade Palestina negou, na quinta-feira 12, a oferta de Israel de uma investigação conjunta, insistindo em um processo independente e prometendo julgar os acusados de seu assassinato no Tribunal Penal Internacional (TPI).
O primeiro-ministro palestino, Mohamed Shtayyeh, disse à Al Jazeera que os resultados de sua investigação serão divulgados em breve e incluirão o relatório da autópsia.
Israel diz que também está investigando a morte de Abu Akleh, mas afirma não saber quem atirou nela.