Polícia usou gás lacrimogêneo contra manifestantes para Trump ir à igreja
Presidente americano posou para foto com Bíblia na mão em meio a protestos; segundo bispa, ele não rezou por George Floyd
A polícia americana dispersou com bombas de gás e cassetetes manifestantes que se aglomeravam em frente à Casa Branca na última segunda-feira 1º, para que o presidente Donald Trump pudesse atravessar o parque e ir até a Igreja Episcopal de São João para rezar e ser fotografado com uma Bíblia na mão. Mariann E. Budde, bispa episcopal de Washington, afirmou que o presidente não rezou, apenas posou para a foto e foi embora.
A dispersão ocorreu por volta das 19h locais (20h, no Brasil) antes do toque de recolher instaurado na capital. Paralelamente, Trump discursava nos jardins da Casa Branca e ameaça empregar o uso da força contra os manifestantes que protestavam devido a morte de George Floyd, homem negro morto após ter sido asfixiado por policiais quando já estava imobilizado e desarmado.
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Clique e AssineCom as bombas de gás no ar sobre a Praça Lafayette, em frente à Casa Branca, os agentes policiais começaram a empurrar os manifestantes com seus escudos para longe, além de cercar centenas de pessoas e realizar prisões. Logo em seguida, Trump atravessou aquela praça e caminhou até a Igreja Episcopal de São João. Desde o século XIX, todos os presidentes americanos têm rezado no local. Ao chegar na igreja, Trump posou para as câmeras com uma Bíblia na mão.
“Ele não rezou”, disse a bispa Budde. “Trump não mencionou George Floyd, ele não mencionou a agonia das pessoas que foram submetidas a esse tipo de expressão horrível de racismo e violência da supremacia branca por centenas de anos. Precisamos de um presidente que possa unificar e curar. Ele fez o oposto disso”, afirmou.
Mesmo dispersos da área pela qual o presidente caminhava, os responsáveis pelos protestos ainda estavam nas proximidades gritando palavras de ordem. Na manhã desta terça-feira, 2, que marca a primeira semana de protestos, a Casa Branca amanheceu cercada por grades para impedir novos protestos.
(Com EFE)