Após três dias de protestos ininterruptos em Minneapolis, nos Estados Unidos, o ex-policial Derek Chauvin foi indiciado nesta sexta-feira, 29, pelo governo estadual por assassinato. Imagens de vídeo o mostram sufocando até a morte o afrodescendente George Floyd, de 40 anos, que já estava sob sua custódia.
“O ex-policial de Minneapolis, Derek Chauvin, foi acusado pela procuradoria do condado de Hennepin por assassinato e homicídio culposo”, disse o procurador do condado, Mike Freeman, a jornalistas. Freeman disse também que podem ser apresentadas acusações adicionais contra os outros três policiais suspeitos de envolvimento na morte de Floyd, mas se recusou a abordar essas possíveis medidas.
Pouco antes da prisão de Chauvin, o governador de Minnesota, o democrata Tim Walz, pediu que a ordem nas ruas fossem restabelecidas após mais uma noite de caos na cidade ter terminado em uma delegacia em chamas. Walz expressou sua solidariedade com as manifestações pacíficas e condenou a violência causada pela pilhagem e incêndios causadas por parte dos manifestantes.
“Recuso-me a tirar a atenção da mancha que precisamos trabalhar”, afirmou. “Essas são as coisas que estão se formando neste país há 400 anos”.
Após o indiciamento de Chauvin, o governo anunciou o toque de recolher na cidade, que será patrulhada pela Guarda Nacional. As forças policiais deverão ser recebidas com pouco entusiasmo na cidade, já que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou responder às manifestações com munição letal.
A mensagem do presidente foi publicada no Twitter, que logo rotulou o texto como “enaltecimento da violência”.
Os protestos espalharam-se pelo país, de Denver e Phoenix a Columbus, Ohio, onde multidões quebraram as janelas do Capitólio do Estado na quinta-feira 28. Referindo-se a Minneapolis, onde moradores iniciaram o processo de limpeza das ruas na manhã de sexta-feira, Waltz fez o apelo: “Temos que restaurar a ordem”.
(Com EFE e AFP)