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Política de visto é decisão soberana de cada país, diz Vieira sobre anúncio do governo Trump

Embora governo dos EUA não tenha declarado alvos nominalmente, texto cita América Latina e autoridades estrangeiras 'cúmplices de censura a americanos'

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 Maio 2025, 14h59 - Publicado em 28 Maio 2025, 14h47

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, 2, que as políticas de concessão de vistos são decisões soberanas de cada país e que o “interesse brasileiro está sempre em primeiro lugar” na relação com outros países, incluindo os Estados Unidos.

A fala foi feita após questionamento, durante audiência na Câmara, sobre o anúncio do secretário de Estado americano, Marco Rubio, de uma nova política de restrição de vistos que visa impedir a entrada de estrangeiros que, sob interpretação de Washington, “censuram” americanos. A decisão foi comunicada apenas um dia após a administração ordenar que embaixadas dos EUA suspendam entrevistas para vistos de estudante.

“A política de visto é de cada Estado e o Estado toma a decisão de conceder ou de não conceder. São inúmeros os casos conhecidos de brasileiros que pedem visto comum de turista e são negados”, disse. “É uma decisão soberana de cada país conceder ou negar, e não tem que dar explicação”.

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Embora o anúncio de Rubio não cite alvos específicos, o texto cita a América Latina e autoridades estrangeiras “cúmplices de censura a americanos”. Após o anúncio, Jason Miller, um ex-assessor do presidente Donald Trump, citou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no X, antigo Twitter, insinuando que ele poderia ser um dos alvos.

+ EUA anunciam sanções a autoridades estrangeiras; Moraes pode ser alvo

“Estrangeiros que trabalham para minar os direitos dos americanos não devem ter o privilégio de viajar para o nosso país. Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outro lugar, os dias de tratamento passivo para aqueles que trabalham para minar os direitos dos americanos acabaram”, disse o secretário de Estado americano durante o anúncio da medida.

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Na semana passada, o próprio Rubio disse ao Congresso americano que há uma “grande chance” de Washington sancionar Moraes, relator de um inquérito, acolhido pelo STF nesta semana a pedido da PGR, para investigar o deputado federal Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA contra autoridades brasileiras.

Segundo a PGR, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro tem feito publicações em redes sociais e dado entrevistas a veículos da imprensa em que estaria “se dedicando a conseguir do governo dos EUA a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal”.

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