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Por que a Rússia ainda não está sofrendo com o corte de gás da Europa

Mesmo com a queda das importações, alguns países e empresas europeias não deixaram de recorrer ao gás russo

Por Da Redação
1 jun 2022, 14h50
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  • REHDEN, GERMANY - MAY 12: The Astora underground natural gas storage facility stands on May 12, 2022 in Rehden, Germany. Russia has announced sanctions against dozens of western energy companies, including Gazprom Germania, of which Astora is a subsidiary. The German government runs Gazprom Germania as a trust after expropriating the company from Russian gas giant Gazprom following Russia's military invasion of Ukraine. Among conditions of Russia's sanctions is the requirement that western companies may not store Russian gas. The Rehden facility is Germany's biggest natural gas storage site. Germany is seeking to reduce its dependence on Russian energy imports of oil and gas as quickly as possible. (Photo by David Hecker/Getty Images)
    As importações de combustíveis fósseis da União Europeia do país geraram US$ 47 bilhões à Rússia nos dois meses após a invasão à Ucrânia, o dobro do valor do mesmo período em 2021 - 18/05/2022 (David Hecker/Getty Images)

    Desde o início da guerra com a Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Rússia tem tomado ações cada vez mais agressivas contra as nações europeias a respeito da comercialização de seu gás, tendo cortado exportações em mais de um quarto em relação a janeiro. No entanto, os cofres do país continuam cheios mesmo assim. A explicação se encontra nas políticas de preço impostas pelo presidente Vladimir Putin

    De acordo com comunicado da gigante estatal russa Gazprom nesta quarta-feira, 1, as exportações de gás de Moscou para países fora da Comunidade de Estados Independentes, que inclui 11 países da Ásia Central e Europa Oriental, caíram quase 28% nos primeiros cinco meses de 2022.

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    Até o momento, a empresa cortou pelo menos 20 bilhões de metros cúbicos de seu fornecimento para países europeus como Polônia, Bulgária, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Holanda pelo fato deles não aceitarem pagar pelo produto em rublos, exigência feita por Putin em março.

    Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE), essa quantidade corresponde a 13% do total anual de gás natural que a União Europeia importa da Rússia.

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    Desde o ultimato de Putin, a Gazprom ofereceu aos clientes uma solução alternativa. Os compradores poderiam fazer pagamentos em euros ou dólares em uma conta no Gazprombank do país, que então converteria os fundos em rublos e os transferiria para uma segunda conta da qual o pagamento seria feito.

    Nem todos os clientes se mostraram satisfeitos com a alternativa. Na última terça-feira, a Shell “não concordou com os novos termos de pagamento” e interrompeu o fornecimento da estatal russa para seus clientes alemães. Na Holanda, a empresa GasTerra seguiu pelo mesmo caminho e disse que não iria cumprir os “requisitos de pagamento unilateral” da Gazprom. 

    A União Europeia continua se esforçando para reduzir sua dependência energética de Moscou, inclusive aumentando as importações de gás natural de outros países e prometendo reduzir o consumo do produto russo em 66% até o final do ano. 

    Em uma corrida contra o tempo, as nações europeias estão buscando encher suas instalações de armazenamento antes do inverno para evitar choques de abastecimento desastrosos. A Alemanha, maior economia do bloco e uma das maiores dependentes do gás russo, conseguiu reduzir a participação de Moscou em suas importações para 35%.

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    Apesar da manobra da União Europeia, especialistas apontam que a Rússia irá demorar a sentir o impacto da diminuição das importações, principalmente devido ao aumento recente do preço de petróleo e gás, que aumentaram as receitas de Moscou. 

    As importações de combustíveis fósseis da União Europeia do país geraram US$ 47 bilhões à Rússia nos dois meses após a invasão à Ucrânia, o dobro do valor do mesmo período em 2021, de acordo com um relatório do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (Crea), think tank finlandês que pesquisa poluição do ar. 

    Além disso, algumas das maiores empresas de energia da Europa optaram por adotar a alternativa proposta pela Gazprom para manter o fluxo de gás, mesmo com a advertência das autoridades do bloco. Segundo a União Europeia, a decisão entra em conflito direto com as sanções aplicadas.

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    A longo prazo, no entanto, a diminuição das importações pode ser um problema para a Rússia. Diferentemente do petróleo, as exportações de gás são feitas principalmente por meio de gasodutos, que podem levar anos para serem construídos. A Rússia não vai arranjar novos parceiros comerciais para o produto tão cedo.

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