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Por que a taxa de contágio do coronavírus voltou a subir em Nova York

Autoridades acreditam que desrespeito ao distanciamento social nos distritos de Brooklyn, Orange e Rockland levou à alta nas infecções

Por Da Redação
Atualizado em 29 set 2020, 11h14 - Publicado em 29 set 2020, 11h05
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  • O número de novas infecções por Covid-19 começou a aumentar em Nova York, alertou o governador Andrew Cuomo nesta segunda-feira 28. No sábado, o estado registrou mais de 1.000 casos positivos do novo coronavírus – número diário mais alto desde 5 de junho.

    Nas últimas 24 horas, de 52.936 testes realizados, 834 deram positivo, uma taxa de infecção de 1,5%, sendo que durante meses esse número ficou abaixo de 1%, disse Cuomo no Twitter. Segundo o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, as hospitalizações também estão crescendo. A taxa de contágio na metrópole está próxima dos 2%.

    Até então, o governador vinha se gabando das taxas de contágio em Nova York, uma das mais baixas nas grandes cidades americanas, embora a ‘Grande Maçã’ tenha sido o epicentro da pandemia e tenha registrado um total de 23.800 mortes desde março. O novo aumento, porém, tem origem em comunidades dos distritos de Brooklyn, Orange e Rockland, onde vivem muitas comunidades de judeus ortodoxos.

    “Estamos vendo altas taxas positivas nos distritos de Brooklyn, Orange e Rockland”, três regiões com grandes populações de judeus ortodoxos, observou Cuomo. A taxa de infecção de 1,5%, porém, ainda é baixa se comparada, por exemplo, com as da Europa.

    “Dez códigos postais representam 25% dos novos casos de ontem (domingo)”, disse o governador, que anunciou que enviará 200 máquinas de teste rápido e profissionais de saúde para essas áreas. Em alguns dos bairros do Brooklyn mais atingidos, a taxa de contágio saltou de 5% para 6%, especialmente em meio às festividades que culminam no Yom Kippur na segunda-feira.

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    Segundo o jornal The New York Times, as comunidades judaicas ortodoxas são responsáveis por aproximadamente um quarto dos novos casos, apesar de representarem apenas 7% da população da cidade.

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    Para evitar que a doença continue a se espalhar, o governo realizara uma série de inspeções em escolas, negócios e centros religiosos na semana passada. As autoridades locais acreditam que o desrespeito ao distanciamento social nesses locais pode ter levado à alta nas infecções.

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    O aumento dos casos preocupa ocorre poucos dias após a retomada das aulas nas escolas públicas da maior cidade americana, adiada duas vezes nos meses anteriores. “Estamos potencialmente no momento mais vulnerável ao vírus que vimos nos últimos meses”, disse o chefe de saúde pública municipal, Dave Choskhi, a repórteres na sexta-feira, em um dos bairros mais afetados do Brooklyn, enquanto era vaiado por manifestantes sem máscara.

    As autoridades anunciaram que vão penalizar as escolas que não aplicam a obrigatoriedade do uso de máscaras e as regras de distanciamento social, inclusive nas “yeshivás”, as escolas judaicas ortodoxas onde se estudam a Torá e o Talmude.

    (Com AFP)

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