Portão é instalado na rota de subida do Monte Fuji para conter multidões

Um portão de controle foi instalado nesta segunda-feira, 17, na rota de caminho para o Monte Fuji, montanha mais alta e mais conhecida do Japão, para conter a superlotação à medida que o início temporada de escalada se aproxima.

A barreira fica no meio da montanha e faz parte de uma série de medidas implementadas este ano para evitar a chegada de turistas em massa, que provoca problemas de segurança e ambientais na região. Ela ficará fechada entre 16h e 3h para impedir a entrada de quem não tiver reservado uma hospedagem em alguma cabana ao longo da trilha Yoshida, que é usada pela maioria dos escaladores.

“As restrições que entrarão em vigor este ano são medidas para resolver os problemas que colocam em risco a vida dos alpinistas”, disse Kotaro Nagasaki, governador de Yamanashi, uma das duas províncias que abrigam a montanha.

Nagasaki afirmou que as medidas devem aliviar a superlotação na montanha e levantou a possibilidade de construir uma ferrovia do Monte Fuji até a quinta estação, onde começa a trilha Yoshida.

A província de Shizuoka, que também contém parte da montanha, recomendou que os escaladores não subam a montanha a partir das 16h, apesar de não impor restrições obrigatórias para caminhadas.

Turismo excessivo

Estima-se que o número de escaladores na trilha que leva ao topo da montanha este ano deve ultrapassar os 137.236 que subiram no passado, segundo Nagasaki, mas um máximo de 4 mil escaladores poderão subir a montanha por dia. “A superlotação perto do cume pode levar a um grande desastre, como a queda de pessoas num efeito dominó”, disse ele.

O excesso de turistas acarreta em toneladas de lixo sendo deixadas para trás nos lugares mais visitados.

No mês passado, as autoridades da cidade de Fujikawaguchiko instalaram uma barreira de malha de ferro para bloquear a vista do Monte Fuji, após um grande número de turistas atrapalharem o transito em busca de uma foto perfeita da montanha.

Para subir o Monte Fuji, os escaladores deverão pagar uma taxa obrigatória de 2 mil ienes (cerca de R$68), fazer uma reserva e escolher entre uma trilha durante o dia ou passar a noite em uma das diversas cabanas ao longo da rota de subida. Após o pagamento, um código QR é enviado aos celulares dos escaladores e precisa ser apresentado no portão.