Porto Rico continua sem energia nesta sexta-feira, 10, pelo terceiro dia consecutivo desde que foi atingido por um terremoto de magnitude 6,4. Um dia antes, outro sismo, este de magnitude 5,8, já havia sacudido a ilha caribenha, que é um território não incorporado dos Estados Unidos.
Cerca de metade da ilha – 850.000 pessoas – depende exclusivamente de geradores. Segundo reportou o jornal americano The New York Times, José Ortiz, diretor da Autoridade de Energia Elétrica de Porto Rico, disse que até domingo a eletricidade seria restaurada.
A governadora Wanda Vázquez, contudo, foi mais cautelosa. “Não podemos falar de datas exatas”, disse ela. “Ninguém pode dizer isso.”
Milhares de famílias estão desalojadas, temerosas de retornar às suas casas, que poderiam desabar com mais tremores. Esses agrupamentos formam acampamentos irregulares, como em uma rodovia em Guánica, onde não há acesso a água potável nem banheiros.
Por medo de um tsunami, famílias estão acampando por conta própria, buscando terrenos mais altos e mais perto da estrada que sai da cidade. Após o grande abalo de terça-feira 7, que disparou brevemente um alerta de tsunami e acionou as sirenes locais, a possibilidade de uma grande onda tornou-se a maior preocupação para os habitantes da ilha.
Segundo o Times, autoridades porto-riquenhas pediram às pessoas desabrigadas que fiquem com parentes ou reúnam-se em acampamentos oficiais para ter acesso a comida e assistência médica – também para sua segurança e para evitar um surto de doença gastrointestinal.
Porto Rico tem sido afetado por uma série de tremores desde o dia 28 de dezembro. Localizada dentro de uma zona sísmica entre duas placas tectônicas, a placa norte-americana (ao norte) e a placa do Caribe (sul), a ilha permanece em estado de emergência.