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Prefeita de Barcelona pede fim da violência em manifestações separatistas 

Ada Colau disse que atos de sexta-feira contra a prisão de líderes da independência foram mais violentos que os anteriores e que ‘isso não pode continuar'

Por Da Redação Atualizado em 19 out 2019, 18h01 - Publicado em 19 out 2019, 18h00
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    A prefeita de Barcelona, Ada Colau, pediu calma depois que protestos violentos de separatistas catalães abalaram novamente a segunda maior cidade da Espanha. “Isso não pode continuar. Barcelona não merece isso”, afirmou a prefeita neste sábado, 19. Ela acrescentou que a violência de sexta-feira foi pior do que a das quatro noites anteriores. 

    As manifestações começaram após uma decisão da Suprema Corte da segunda-feira 14 que condenou nove líderes separatistas à prisão. Desde então, defensores radicais da independência entraram em choque com a polícia todas as noites em Barcelona e outras cidades catalãs após grandes protestos pacíficos. 

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    As autoridades do país dizem que mais de 400 pessoas ficaram feridas, cerca de metade delas policiais, e que mais de 150 prisões foram feitas. A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água na noite de sexta-feira para combater manifestantes em Barcelona. 

    Em outubro de 2017, Ada Colau afirmou que é contra a separação entre Catalunha e Espanha. As declarações foram dadas na Câmara Municipal de Barcelona, um dia antes do plebiscito que decidiu pela separação. 

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    À época, ela também pediu que o então primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, renunciasse ao seu cargo após os confrontos entre eleitores e policiais durante a votação do plebiscito. “Rajoy é um covarde, que se esconde atrás de procuradores e tribunais. Hoje, ele ultrapassou todos os limites com as ações policiais contra pessoas normais, idosos, famílias que estavam defendendo seus direitos fundamentais”, afirmou. 

    Protestos 

    Milhares de catalães saíram na sexta-feira 18 para o quinto dia de protestos. Além de bloqueios de estradas e passeatas, o ato também inclui uma greve geral. Cerca de 525 mil pessoas participaram da principal manifestação, no centro de Barcelona, e os confrontos com a polícia aumentaram. 

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    As cenas de guerrilha urbana se intensificaram em relação aos confrontos na segunda-feira, durante o bloqueio do aeroporto por cerca de 10 mil pessoas. Na sexta-feira, manifestantes mascarados atiraram pedras e latas contra policiais e atearam fogo a grandes latas de lixo. Vans policiais tentaram, sem sucesso, empurrar o grupo de volta para as calçadas.  

    Na segunda-feira 14, o Tribunal Supremo da Espanha condenou nove políticos que ajudaram a organizar em 2017 um referendo para a independência da Catalunha, considerado ilegal. As sentenças chegam a 13 anos de prisão. Desde então, as ruas foram tomadas por independentistas 

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    A greve de sexta-feira foi convocada pelos sindicatos minoritários independentistas Intersindical-CSC e Intersindical Alternativa da Catalunha (IAC), com adesão de setores públicos, do comércio e, principalmente, de universidades. A Confederação Espanhola de Transporte de Mercadorias (CETM) calcula em 25 milhões de euros (R$ 115 milhões) o prejuízo diário por causa da série de bloqueios em rodovias catalãs durante a semana. 

    Na sexta-feira, a Basílica da Sagrada Família fechou suas portas em razão dos protestos, enquanto a Ópera do Liceu cancelou sua programação e a maioria dos estandes do mercado Boqueria, muito famoso entre os turistas, permaneceram fechados. Também foi adiada a partida de 26 de outubro entre Barcelona e o Real Madrid. Os clubes terão que fixar uma nova data para o clássico. 

    (Com Estadão Conteúdo)
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