A cidade e o prefeito de Birmingham, no estado americano do Alabama, estão sendo processados por cobrir com tapumes de madeira um monumento em homenagem aos Estados Confederados americanos na noite de terça-feira.
O prefeito William Bell ordenou que o obelisco de mais de 15 metros de altura fosse escondido por painéis de madeira após os recentes conflitos motivados pela estátua do general Robert E. Lee em Charlottesville, na Virgínia. O Procurador Geral do Alabama, no entanto, considerou o ato uma afronta à lei que protege os monumentos históricos do estado.
“De acordo com a lei, o meu escritório determinou que, afixando lonas e colocando tapumes de madeira em torno do Linn Park Memorial, para escondê-lo, os réus ‘alteraram’ ou ‘atrapalharam’ o memorial, em violação ao Ato de Preservação de Memoriais do Alabama”, dizia o comunicado divulgado pelo procurador Steve Marshall. “A cidade de Birmingham não tem o direito de violar a lei e não dá ao meu escritório outra escolha que não abrir um processo.”
A legislação citada por Marshall foi aprovada no início de 2017 e proíbe a remoção ou alteração de monumentos de mais de 40 anos de idade. Também impede a mudança dos nomes de escolas que homenageiam figuras históricas desde 1977.
A instalação de tapumes em torno do Linn Park Memorial foi uma tentativa da prefeitura de Birmingham de burlar a lei. O monumento homenageia soldados e marinheiros que lutaram pelos Estados Confederados na Guerra Civil americana que acabou em 1865.
O gabinete do prefeito William Bell divulgou um comunicado sobre a decisão judicial. “Esperamos que o sistema judicial esclareça os direitos e o poder de um município em controlar seus parques sem a intervenção estadual”, diz o documento.