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Prefeito venezuelano entra no Brasil clandestinamente e relata 25 mortes

Em Roraima, Emilio González diz que há "sangue no caminho e nas ruas" no lado venezuelano da fronteira; números não são confirmados por fontes oficiais

Por Da Redação Atualizado em 25 fev 2019, 04h43 - Publicado em 25 fev 2019, 00h46
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  • Conflitos no lado venezuelano da fronteira com o Brasil deixaram cerca de 25 mortos e 84 feridos desde a última sexta-feira, de acordo com relato de Emilio González, prefeito de Gran Sabana, municipalidade próxima a Roraima. Ele contou, em entrevista a jornalistas, ter percorrido rotas clandestinas para deixar o país natal, onde se diz perseguido pelo regime de Nicolás Maduro.

    Ao atingir a cidade roraimense de Pacaraima, neste domingo 24, González pediu ajuda internacional e descreveu a violência no lado venezuelano. “O último rincão que tínhamos na Venezuela foi tomado por Maduro. Estão atacando, há sangue no caminho e nas ruas”, declarou.

    O número de vítimas informado pelo prefeito não foi confirmado por órgãos oficiais. Neste domingo, militares do regime de Nicolás Maduro, da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), atacaram manifestantes do lado brasileiro da fronteira, iniciando um confronto que durou cerca de duas horas. Como resposta, soldados brasileiros montaram um bloqueio na área.

    Na última quinta-feira, Maduro ordenou que a fronteira da Venezuela com o Brasil fosse fechada, impedindo assim a entrada de ajuda humanitária vinda de Roraima. O encaminhamento das doações é apoiado por Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, que se autoproclamou chefe de Estado interino da Venezuela e conta com o apoio de países como Brasil e Estados Unidos, além da União Europeia – que consideram fraudulentas as eleições que elegeram Maduro.

    A Presidência do Brasil divulgou nota oficial informando que os caminhões com ajuda humanitária destinada à Venezuela retornaram para a região de Pacaraima sem que os suprimentos, que incluem alimentos não perecíveis e medicamentos, fossem entregues.

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    “Em função da impossibilidade de prosseguir em território venezuelano, como planejado, as viaturas retraíram para a região de Pacaraima (RR), estando neste momento em segurança e estacionadas no Pelotão Especial de Fronteira ali desdobrado”, informou a Secretaria Especial da Comunicação Social da Presidências da República (Secom/PR).

    Ainda segundo a nota, “novos deslocamentos serão planejados à medida que os meios de transportes estejam disponíveis e a situação diplomática e de segurança esclarecidas”.

    (Com Agência Brasil)

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