Premiê de Israel faz primeira visita oficial do país aos Emirados Árabes
Político israelense e o príncipe Mohammed bin Zayed al-Nahyan se encontraram em Abu Dhabi nesta segunda-feira (13)
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, realizou nesta segunda-feira (13) uma visita considerada histórica aos Emirados Árabes Unidos.
É a primeira vez que um chefe de estado israelense faz uma visita oficial à região.
Bennett se reuniu com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan. Segundo a chancelaria de Israel, o encontro durou quatro horas, sendo que metade do tempo foi gasto em conversas particulares.
Em comunicado conjunto, os dois países afirmaram que a visita representa “mais um marco no desenvolvimento de relações cordiais e de uma parceria duradoura”.
O comunicado diz ainda que foram discutidas áreas de futura cooperação, incluindo comércio, tecnologia, meio ambiente e turismo, bem como a formação de um fundo conjunto de pesquisa e desenvolvimento. Os países já haviam estabelecido laços comerciais.
A declaração, no entanto, não menciona duas questões críticas: o conflito de Israel com os palestinos e o programa nuclear do Irã.
“Estou voando de volta para Israel muito otimista de que esse relacionamento vai ser um exemplo de como podemos fazer a paz no Oriente Médio”, disse Bennett.
A representação diplomática de Bennett também disse que o príncipe herdeiro aceitou um convite para visitar Israel, embora a data ainda não tenha sido anunciada.
A visita de Bennett ocorre pouco mais de um ano depois que o país do Golfo Pérsico ter estabelecido laços diplomáticos com Israel.
Essas negociações foram conduzidas pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Batizado como Acordo de Abraham, o certame incluiu ainda os países de Bahrein, Sudão e Marrocos.
A viagem de Bennett ocorre em um cenário de negociações nucleares entre as potências mundiais e o inimigo Irã sobre seu programa nuclear.
Israel observou com preocupação enquanto o Irã impôs uma linha dura contra os negociadores reunidos em Viena, exigindo imediatamente o alívio das sanções, ao mesmo tempo em que vem acelerando seu programa nuclear.