O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, usou seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta quinta-feira, 26, para pedir que sua língua seja reconhecida como idioma oficial das Nações Unidas.
“Ontem mesmo, conversei com Lula sobre nosso empenho e disponibilidade para, em conjunto com todos os países que falam a língua, concretizar esse objetivo”, afirmou ele. Em entrevista no dia anterior, Montenegro afirmou que o homólogo brasileiro tinha “carinho” pela pauta.
Brasil e Portugal integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), aliança para cooperação política e econômica de nove países lusófonos que promove atuação conjunta em fóruns internacionais e o fortalecimento das relações diplomáticas. Na véspera do discurso, ele já havia afirmado que o governo português tem tentado criar “mecanismos de formação profissional nos países de origem” do CPLP para aumentar a “facilidade de integração no mercado de trabalho” e mobilidade entre as nações.
O premiê também enfatizou o compromisso do país com a garantia dos direitos humanos e condenou as violações do direito internacional nos conflitos de Ucrânia, Gaza, Sudão e Líbano.
“É imperativo cessar incondicionalmente as hostilidades, garantir a entrada de ajuda humanitária e o respeito pelo Direito Internacional Humanitário. É igualmente imperativo retomar negociações com vista à implementação da solução dos dois Estados – a única que poderá trazer paz e estabilidade”, afirmou, referindo-se à situação no Oriente Médio.
Montenegro reforçou, ainda, a candidatura de Portugal a um lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para o biênio 2027-2028