Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Premiê do Haiti oficializa renúncia e governo de transição toma posse

Enquanto novo líder não é escolhido, ministro da Economia e das Finanças assumiu cargo deixado por Ariel Henry

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h57 - Publicado em 25 abr 2024, 20h02

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou nesta quinta-feira, 25, abrindo espaço para um governo de transição que terá como missão solucionar as mazelas do país envolto de uma onda de violência de gangues. O novo conselho, que assumiu pouco depois da renúncia, terá a missão de escolher um novo premiê.

A carta de demissão de Henry, que deveria ter deixado o cargo em fevereiro, foi assinada em Los Angeles e publicada nas redes sociais, já que o político não pode retornar ao país caribenho. Enquanto um novo líder não é escolhido, o ministro da Economia e das Finanças, Michel Patrick Boisvert, assumiu como primeiro-ministro interino. Em seu discurso de posse, Boisvert afirmou que a crise de violência dura mais tempo do que o esperado, acrescentando que o país se encontra em um encruzilhada.

“Após longos meses de debate uma solução foi encontrada”, disse Boisvert. “Hoje é um dia importante na vida da nossa querida república”.

De acordo com ele, o conselho de transição é uma “solução haitiana”. Formado por nove membros, do quais sete tem poder de voto, espera-se que o governo ajude a definir uma nova agenda e um novo Gabinete. Além disso, os integrantes vão nomear um comissão eleitoral provisória e um conselho de segurança nacional. O mandato não é renovável e expira em 7 de fevereiro de 2026, data prevista para a posse de um novo líder.

No início do mês, o chefe dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, Volker Turk, afirmou que o Haiti testemunha sérias violações de direitos humanos devido ao agravamento da violência de gangues, que travam uma sangrenta batalha pelo controle da capital, Porto Príncipe. Para Turk, a ausência de um governo capaz de controlar a crise culminou no “aumento chocante de assassinatos e sequestros” e no pico de crimes de violência sexual no país.

Continua após a publicidade

Delegacias de polícia e o aeroporto internacional do Haiti entraram na mira dos criminosos e foram alvo de violentos ataques. Em balanço publicado em março, o escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas estimou que, somente no primeiro trimestre deste ano, 1.500 pessoas foram mortas – muitas foram queimadas vivas, linchadas e apedrejadas, incluindo crianças – em razão da violência das gangues.

Henry assumiu o cargo de primeiro-ministro em julho de 2021, após o assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse. A ideia é que ele fosse um governante interino, mas repetidamente adiou eleições, dizendo que, antes, a segurança do país deveria ser restaurada. Muitos haitianos estão insatisfeitos com o fato de não serem representados por um presidente eleito.

Sua renúncia foi anunciada em março. O grupo Caricom, que reúne as nações caribenhas, deixou clara a sua posição de que ele era visto como um obstáculo à estabilidade do Haiti e que teria de renunciar. Já a Casa Branca inicialmente queria que Henry regressasse ao território haitiano para supervisionar o processo de transição, mas o aumento da violência no país fez Washington mudar de opinião nos últimos dias. Assim, Henry ficou sem o apoio do Departamento de Estado americano e sem o dos seus vizinhos.

O presidente do Caricom e chefe de Estado da Guiana, Irfaan Ali, disse reconhecer a renúncia do premiê haitiano e anunciou que será estabelecido um conselho presidencial de transição, com dois observadores e sete membros votantes, um primeiro-ministro interino seria nomeado “rapidamente” pelo conselho. Espera-se que isso abra caminho para as primeiras eleições no Haiti desde 2016.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.