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Presidente argentino não vai vetar lei do aborto se ela passar no Senado

A Igreja Católica pede ao governo de Mauricio Macri para barrar projeto que permitiria a interrupção da gravidez até 14 semanas de gestação

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h15 - Publicado em 10 jul 2018, 19h03
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  • O presidente da Argentina, Mauricio Macri, descartou a hipótese de vetar a legalização do aborto, como lhe foi pedido no fim de semana por autoridades da Igreja Católica, caso o projeto seja aprovado pelo Senado em 8 de agosto.

    “O presidente deixou claro que sua convicção sobre a importância de um debate republicano implica respeitar o resultado desse acordo e não vetar a lei”, declarou nesta terça-feira (10) o chefe de gabinete da Presidência, Marcos Peña, ao término da habitual reunião de ministros.

    O projeto de lei que legaliza a interrupção voluntária da gravidez até a 14ª semana de gestação já foi aprovado em votação do plenário da  Câmara de Deputados e será votada no Senado em 8 de agosto.

    Peña respondeu assim a vários religiosos, entre eles o arcebispo de La Plata, monsenhor Víctor Fernández, que, na segunda-feira (9), durante celebração pelo Dia da Independência, pediu a Macri para vetar a lei caso obtenha a aprovação do Senado.

    O chefe de gabinete declarou que a relação institucional do governo com a Igreja “é muito boa” e assinalou que no governo “temos sido muito respeitosos” com a posição contra o aborto expressada pelas autoridades eclesiásticas. “Não sentimos que haja um conflito” por termos promovido o debate, insistiu Peña, pois a discussão faz parte do “desenvolvimento da vida republicana do país”. O debate no Congresso sobre a legalização do aborto foi promovido por Macri, apesar de ele ter argumentado ser, pessoalmente, “a favor da vida”.

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    Na América Latina, o aborto é legal apenas no Uruguai, em Cuba e na Cidade do México. Em quase todos os outros países, como o Brasil, a interrupção voluntária da gestação só pode ser feita em casos de risco de vida para a mulher, quando há inviabilidade do feto e se a gravidez for fruto de um estupro. Em El Salvador, Honduras e Nicarágua, o procedimento é totalmente proibido.

    (Com AFP)

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