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Presidente da Colômbia acusa Maduro de distribuir alimentos estragados

Mais de 400 toneladas de produtos vencidos apreendidos pelas autoridades colombianas seriam distribuídos por comitês de controle social na Venezuela

Por Da redação
18 Maio 2018, 10h19
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  • O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, denunciou na quinta-feira que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está distribuindo aos cidadãos do país alimentos impróprios para consumo e apresentou como prova 400 toneladas de produtos vencidos confiscados no porto de Cartagena das Índias.

    Santos revelou que os alimentos foram confiscados pela Polícia Fiscal e Aduaneira da Colômbia. Eles seriam distribuídos por comitês políticos de controle social na Venezuela, um mecanismo criado por Maduro para combater máfias que, segundo o líder chavista, são responsáveis por promover a escassez de comida no país.

    “Essa é a ponta do iceberg de um negócio desprezível que envolve empresas de fachada na Colômbia, México e vários outros países”, afirmou Santos ao fazer a denúncia.

    O presidente colombiano afirmou que Maduro usa esses comitês para explorar a crise humanitária dos venezuelanos. O objetivo não só seria exercer controle político social, mas também teria fins eleitorais e seriam usados para reprimir a oposição.

    Segundo Santos, a investigação evidencia os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. “Solicitei à Polícia Nacional e à Direção de Impostos e Alfândegas Nacionais (Dian) a entregar todas as provas obtidas à Promotoria-Geral, com a qual estamos trabalhando, para avançar nas investigações, que têm a colaboração de outros países”, disse.

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    O esquema foi descoberto quando quatro agências estrangeiras teriam questionado a Promotoria da Colômbia sobre a movimentação de 29 milhões de dólares por 46 contas bancárias de nove países, vários deles na Europa.

    O presidente da Colômbia voltou a pedir à comunidade internacional e ao governo da Venezuela a abertura de um canal humanitário para que organizações credenciadas, legítimas e transparentes possam prestar assistência no país.

    Santos ainda afirmou que o estado de negação da crise é tão grande que Maduro está dizendo que não existe êxodo de venezuelanos para os demais países da região, mas sim retornando ao país. “A verdade é que se chegou a tal situação que os chamados coletivos foram autorizados a saquear as casas para roubar comida”, denunciou o presidente da Colômbia.

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    O diretor do Instituto Nacional de Vigilância de Remédios e Alimentos da Colômbia, Javier Guzmán, afirmou que os alimentos confiscados estavam repletos de pragas. “Nenhum desses produtos estava apto para consumo humano”, afirmou.

    Eleições fraudulentas

    Na quinta-feira, Santos denunciou também um esquema montado pelo governo de Maduro para fraudar as eleições presidenciais, marcadas para este domingo. Segundo o presidente da Colômbia, o governo venezuelano está levando cidadãos colombianos para votar a favor do chavista.

    “Por fontes de inteligência confiáveis, temos conhecimento de um plano do regime de Maduro, iniciado no final do ano passado, para documentar e transportar cidadãos colombianos para que votem no próximo domingo, 20 de maio”, declarou Santos em mensagem pela TV. “O plano detalha a forma, os procedimentos e os valores pagos para garantir o movimento dos eleitores e seu voto favorável a Maduro.”

    (Com EFE)

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