Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Presidente da Colômbia suspende cessar-fogo com dissidentes das Farc

Motivada pelo assassinato de quatro jovens indígenas pelo EMC-Farc, decisão de Gustavo Petro entra em vigor dentro de 72 horas

Por Da Redação
Atualizado em 22 Maio 2023, 18h07 - Publicado em 22 Maio 2023, 18h07

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, suspendeu nesta segunda-feira, 22, um acordo de cessar-fogo com rebeldes dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em quatro regiões do país, após o assassinato de jovens indígenas por insurgentes. Nomeado Estado-Maior Central (EMC-Farc), o grupo de esquerda se desvencilhou da composição original do movimento assim que um acordo de depor armas foi assinado entre o governo e a liderança rebelde, há sete anos.

Em um comunicado divulgado nas redes sociais, o presidente colombiano disse que “não há justificativa para esse tipo de crime” e que a decisão de romper parcialmente o Decreto 2.656, promulgado no ano passado, se dá pela “grave violação do Direito Internacional Humanitário”. A decisão unilateral afeta os departamentos de Meta, Caquetá, Guaviare e Putumayo, principais regiões controladas pela organização ilegal.

Eleito no último ano, Petro teve como uma das principais propostas de campanha a “luta pela paz”. Com a suspensão do cessar-fogo, ações ofensivas poderão ser empregadas dentro de 72 horas. Acredita-se que o Estado-Maior Central seja integrado por cerca de 3.000 pessoas

A Organização Nacional dos Povos Indígenas da Amazônia Colombiana (Opiac) foi responsável por denunciar o crime ao governo. Quatro adolescentes da etnia indígena Muruí teriam sido convocados à força pelos rebeldes do EMC-Farc e, em uma tentativa de fuga, teriam sido perseguidos e alvejados na cabeça por membros do grupo. Os jovens de idades entre 14 e 16 anos foram “massacrados na frente de sua comunidade”, de acordo com o defensor indígena Carlos Garay Martínez. 

Continua após a publicidade

+ Ataque de guerrilha contra base militar deixa 9 mortos na Colômbia

Os grupos étnicos indígenas são os mais afetados pelo conflito travado entre o Estado e rebeldes. Segundo a emissora britânica BBC, tanto o fogo cruzado quanto o sequestro da população local provocam a queda de segurança nas quatro zonas dominadas pelos rebeldes.

Não é a primeira vez, no entanto, que o presidente colombiano interrompe uma trégua com organizações armadas ilegais. Em março deste ano, narcotraficantes do Clã do Golfo também entraram na mira do governo. O maior cartel do país havia assinado um acordo bilateral em janeiro, mas os ataques movidos contra a população local levaram ao fim da medida.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.