Em meio a relatos de bombardeios e mortes no leste da Ucrânia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu uma reunião com o predidente da Rússia, Vladimir Putin, em busca de uma solução para a crise. Zelensky reafirmou que busca uma saída diplomática para o conflito, após uma escalada de violência em territórios controlados por separatistas que contam com o apoio russo.
“Eu não sei o que o presidente da Federação Russa quer, então estou propondo uma reunião”, disse Zelensky em uma conferência de segurança em Munique, onde ele se reuniu com líderes da União Europeia e a vice-presidentes dos Estados Unidos, Kamala Harris. O presidente ucraniano disse que Putin poderia escolher o local para uma reunião. O Kremlim ainda não havia respondido ao convite até a manhã deste domingo.
Bombardeios foram ouvidos ao longo de toda a noite de sábado em Donetsk, que é controlada pelos separatistas. Ao menos dois soldados ucranianos morreram neste fim de semana, segundo agências de notícia e jornais europeus. Os separatistas também alegam que ataques das forças ucranianas deixaram ao menos dois civis mortos na região de Donbass, também no leste do país.
Enquanto isso, Rússia e Belarus prorrogaram exercícios militares que estavam previstos para encerrar neste domingo. As forças armadas dos dois países tem usado mísseis e armamento nuclear nos testes em Belarus, que tem fronteiras ao norte da Ucrânia. O governo bielorrusso afirmou que a decisão de estender os exercícios ocorreu “em conexão com o aumento da atividade militar próximo às fronteiras”, segundo a agência Reuters.
Em paralelo ao pedido de reunião com Putin, o presidente ucraniano também tem pressionado líderes do Ocidente a tomar medidas mais duras contra a Rússia. No sábado, após se encontrar com a vice-presidente americana, Zelensky pediu que sanções econômicas contra a Rússia fossem implementadas imediatamente, e não apenas após uma invasão. “O que vocês estão esperando?”, questionou o ucraniano, em Munique.
Harris, por outro lado, mantém a decisão dos Estados Unidos de implementar sanções apenas no caso de uma invasão russa na Ucrânia. “O propósito de sanções sempre foi e continua sendo dissuasão”, ela disse. A vice-presidente disse que a Europa pode estar enfrentando seu momento mais perigoso desde o fim da Segunda Gerra Mundial.