O presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou nesta quarta-feira, 8, após os ataques de seu país a duas bases dos Estados Unidos no Iraque, que a “resposta final” do regime de Teerã à morte do general iraniano Qasen Soleimani será “expulsar todas as forças americanas da região”.
Considerado a segunda figura mais importante do Irã, abaixo apenas do aiatolá Ali Khamenei, Soleimani foi morto no ataque de um drone americano em 3 de janeiro, em Bagdá, ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
“O general Soleimani lutou heroicamente contra o ISIS, Al Nusrah, Al Qaeda et al. Se não fosse por sua guerra ao terror, as capitais europeias estariam em grande perigo agora. Nossa resposta final ao assassinato dele será expulsar todas as forças americanas da região”, escreveu Rouhani em sua conta no Twitter.
Mais cedo nesta quarta-feira, Khamenei disse que os ataques foram um “tapa na cara” dos Estados Unidos. “A presença corrupta dos EUA na região precisa terminar”, afirmou o líder supremo iraniano em um discurso transmitido pela televisão estatal do país. O aiatolá também voltou a exaltar Qasem Soleimani, que classificou como “um bravo guerreiro” e um “querido amigo”.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, chamou a ação desta terça de “medidas proporcionais de autodefesa”. “Não queremos a escalada ou a guerra, mas nos defenderemos contra qualquer agressão”, escreveu no Twitter.
A Guarda Revolucionária Iraniana, por sua vez, declarou que os mísseis de Teerã são o primeiro passo da “dura vingança” contra os americanos pela morte do general. O grupo ainda ameaçou atacar dentro do território americano, além das cidades de Haifa, em Israel, e de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, caso o Irã seja bombardeado.
Donald Trump, que após os bombardeios escreveu no Twitter “até agora, tudo bem”, deve se pronunciar nesta quarta-feira sobre o ataque do Irã às bases militares de seu país.