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Presidente do Níger pede ajuda aos EUA após golpe: ‘País está sob ataque’

Mohamed Bazoum, deposto por militares na semana passada, exortou a comunidade internacional a restaurar a ordem constitucional na nação africana

Por Da Redação
4 ago 2023, 09h59
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  • (FILES) Nigerien President Mohamed Bazoum meets with the French Foreign and Armies ministers during their official visit to Niamey on July 15, 2022. Access to the residence and offices of Niger President Mohamed Bazoum were blocked off on July 26, 2023 by members of the elite Presidential Guard, a source close to Bazoum said, although the reason was unclear. (Photo by BERTRAND GUAY / AFP)
    O presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, foi detido no palácio presidencial antes dos militares tomarem o poder. 15/07/2022 -  (Bertrand Guay/AFP)

    O presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, pediu ajuda aos Estados Unidos e à comunidade internacional nesta sexta-feira, 4, para “restaurar a ordem constitucional” no país africano. Sua fala ocorre uma semana depois da Guarda Presidencial completar um golpe de Estado contra ele, alegando problemas de segurança na nação, e formar um novo governo militar.

    “Em nossa hora de necessidade, apelo ao governo dos Estados Unidos e a toda comunidade internacional para nos ajudar a restaurar nossa ordem constitucional. Lutar pelos nossos valores comuns, incluindo o pluralismo democrático e o respeito pelo estado de direito, é a única forma de fazer um progresso sustentável contra a pobreza e o terrorismo. O povo nigeriano nunca esquecerá seu apoio neste momento crucial de nossa história”, escreveu o presidente em um artigo publicada no jornal americano The Washington Post.

    Bazoum se considera “um refém”. “O Níger está sob ataque de uma junta militar que tenta derrubar nossa democracia, e eu sou apenas um entre centenas de cidadãos que foram presos de forma arbitrária e ilegal”, diz ele no texto.

    “Este golpe, lançado contra o meu governo por uma facção militar em 26 de julho, não tem justificativa. Se for bem-sucedida, terá consequências devastadoras para nosso país, nossa região e o mundo inteiro”, alertou, destacando que chegou ao poder em 2021 por meio de eleições democráticas.

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    Nesse sentido, manifestou “apreço” pelas “fortes e inequívocas condenações a esta cínica tentativa de solapar os notáveis ​​progressos que o Níger tem conseguido em regime de democracia”, em referência à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), à União Africana, à União Europeia e aos Estados Unidos.

    “Os golpistas alegam falsamente que agiram para proteger a segurança do Níger. Eles alegam que nossa guerra contra os terroristas jihadistas está fracassando e que meu governo econômico e social, incluindo alianças com os Estados Unidos e a Europa, prejudicou nosso país. Na verdade, a situação de segurança no Níger melhorou dramaticamente”, explicou Bazoum no Post.

    O presidente deposto alegou que “quase não houve ataques durante dois anos e os refugiados estão voltando para suas aldeias” no sul do país, onde diminuiu a ameaça do grupo terrorista Boko Haram.

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    “Como prova dessa realidade, nossos parceiros estão mudando suas operações de ajuda humanitária para iniciativas de desenvolvimento, como geração de energia sustentável, melhoria da produtividade agrícola e educação da próxima geração”, disse ele.

    Além disso, afirmou que a situação de segurança em seu país é “significativamente melhor” do que a de seus vizinhos Mali e Burkina Faso, onde também há governos instalados por golpes militares que ocorreram nos últimos dois anos.

    O general Abdourahmane Tchiani, ex-chefe da Guarda Presidencial, anunciou a queda de Bazoum e o fechamento das fronteiras na semana passada, devido à profunda crise econômica e de segurança no país, que enfrenta um aumento das operações de ramos do Estado Islâmico e grupos da Al Qaeda.

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    O golpe voltou a despertar preocupações com a instabilidade política no Níger, país abalado por quatro – agora cinco – golpes desde que conquistou a independência da França, em 1960, além de várias tentativas fracassadas, a última delas em 2021, dias antes de Bazoum assumir o cargo.

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