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Presidente do Panamá rejeita promessa de Trump de tomar canal

Líder dos EUA acusa panamenhos de permitirem que a China controle o atalho, uma importante rota comercial para produtos americanos

Por Redação Atualizado em 20 jan 2025, 18h28 - Publicado em 20 jan 2025, 16h52

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, rejeitou nesta segunda-feira, 20, a promessa de Donald Trump, recém-empossado presidente dos Estados Unidos, sobre “tomar de volta” o Canal do Panamá, importante rota comercial.

“O Canal é, e continuará sendo, do Panamá e sua administração continuará sob controle panamenho com relação à sua neutralidade permanente”, reiterou Mulino em uma declaração após o discurso de posse de Trump nesta segunda.

Mulino também rejeitou a alegação do republicano de que a China estaria “operando” no canal, que conecta o Mar do Caribe ao Oceano Pacífico.

“Não há presença de nenhuma nação no mundo que interfira em nossa administração”, disse Mulino, sem mencionar a China diretamente.

O líder panamenho pediu diálogo sobre o assunto para “esclarecer os pontos mencionados sem minar nosso direito, soberania total e propriedade de nosso Canal”.

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Promessa polêmica

Durante seu discurso de posse nesta segunda-feira, Trump voltou a afirmar que o Panamá violou acordos de tratados que exigem neutralidade nas operações do canal.

“Navios americanos estão sendo severamente sobrecarregados e não estão sendo tratados de forma justa, e isso inclui a Marinha dos Estados Unidos”, afirmou Trump. “E acima de tudo, a China está operando no Canal do Panamá, e nós não o demos à China. Nós o demos ao Panamá. E vamos tomá-lo de volta.”

Anteriormente, em um post na sua rede social, a Truth, Trump ameaçou retomar o controle sobre o canal do Panamá. Ele criticou as taxas “ridículas” cobradas pelo país e disse que o empreendimento não deve cair em “mãos erradas.”

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A construção do canal foi finalizada pelos americanos em 1914, com o objetivo de facilitar o traslado de cargas entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Há 25 anos o controle do atalho foi completamente cedido ao Panamá, mas, entre os acordos envolvidos no pacto de cessão, o ex-presidente Jimmy Carter garantiu aos Estados Unidos o direito de defender a neutralidade do local. 

Hoje, os americanos são os principais usuários do atalho, responsáveis por cerca de três quartos de toda a carga transportada. Eles são seguidos pela China, o segundo maior cliente, o que gera preocupação do presidente eleito. Hoje, porém, o canal não é controlado pelos chineses, mas uma empresa com sede em Hong Kong é responsável por dois dos cinco portões do atalho, um na entrada do Caribe e outro na entrada do Pacífico. 

A mensagem reforça os objetivos do presidente eleito em exercer uma política diplomática rígida. Ela vem após sucessivas ameaças. Na mais recente, disse que talvez os canadenses queiram que o país se torne um estado americano. Antes, ele já havia prometido taxas agressivas contra o mesmo vizinho norte-americano, além da China e dos integrantes do Brics, caso os países do grupo econômico abrissem mão do dólar em suas negociações. 

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