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Presidente do Peru declara estado de emergência em Lima em resposta à onda de violência

Decreto restringe direitos civis, como liberdade de reunião, e autoriza uso das Forças Armadas

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 out 2025, 11h34

O presidente do Peru, José Jerí, declarou estado de emergência a partir de 00h desta terça-feira, 21, na capital, Lima, e na cidade de Callao por 30 dias. A medida busca conter a onda de criminalidade no país. Antes à frente do Congresso, Jerí assumiu o poder há poucos dias mediante o impeachment de sua antecessora, Dina Boluarte, após manifestações explosivas contra corrupção e violência.

“Hoje começamos a mudar a história na luta contra a insegurança no Peru”, disse Jerí em declaração televisionada, acrescentando que o governo estava “passando da defesa para o ataque”. “Guerras são vencidas com ações, não com palavras”, concluiu.

Ao menos 100 pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes e a polícia desde que Jerí assumiu o poder, em 10 de outubro. Um homem de 32 anos, Eduardo Mauricio Ruiz, foi baleado e morto em meio à confusão. Uma investigação foi aberta para apurar as circunstâncias do óbito, disse Fernando Losada, representante da Ouvidoria do país.

O estado de emergência foi aprovado pelo Conselho de Ministros, como exige a Constituição do Peru. A decisão restringe direitos civis, como liberdade de reunião, e autoriza uso das Forças Armadas. Segundo o decreto, o dispositivo limita visitas às prisões, proíbe “quedas de energia nas celas” e prevê a destruição de antenas de comunicação ilegais.

Serão realizadas, ainda, “operações de inspeção e controle” em áreas identificadas como pontos de venda de drogas, armas, peças de automóveis ilegais ou “celulares de procedência duvidosa”. Atividades religiosas, culturais ou esportivas de massa precisarão de autorização das autoridades. Eventos não coletivos, por sua vez, podem ser realizados normalmente.

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+ Onda de protestos da Geração Z varre também o Peru; confrontos com polícia deixam um morto

Combate à violência

Após participar de uma reunião sobre os protestos no Congresso na última quinta-feira, Jerí disse que pediria aos deputados “autoridade para legislar sobre questões de segurança pública”. Ele não elaborou quais seriam esses novos poderes; disse apenas que o foco seria a reforma do sistema carcerário. Em discurso ao Congresso, o recém-nomeado ministro do Interior, Vicente Tiburcio, também declarou que o governo quer uma reforma abrangente da polícia nacional.

Jerí, do partido conservador Somos Peru, como chefe do Congresso, tornou-se o sétimo presidente a liderar o país nos últimos oito anos ao tomar posse depois de Boluarte ser destituída por “incapacidade moral permanente”. Ele ficará no poder até as próximas eleições, marcadas para abril de 2026.

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O líder interino prometeu priorizar o combate ao crime, mas teve a carreira manchada por uma série de escândalos, incluindo alegações de corrupção e uma investigação por agressão sexual, agora arquivada. Jerí negou qualquer irregularidade em ambos os casos e expressou disposição para cooperar com as investigações.

O aumento da violência no país foi o principal motivo por trás do impeachment de Boluarte, que também já sofria com escândalos e tinha a popularidade estacionada entre 2% e 4%. A gota d’água ocorreu apenas dois dias antes da queda da ex-presidente. Na última quarta-feira 8, a popular banda de cumbia Agua Marina foi atacada durante uma apresentação em um complexo militar em Lima, supostamente um dos lugares mais seguros do país. Quatro integrantes do grupo foram baleados no peito e na perna.

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