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Primeiro comboio de ajuda humanitária chega à Ghuta, na Síria

Fontes da OMS informaram, no entanto, que autoridades do governo retiraram 70% dos equipamentos médicos do comboio

Por Da redação
5 mar 2018, 12h37

Um comboio de ajuda humanitária começou a entrar na região de Ghuta Oriental, na Síria, nesta segunda-feira, levando ajuda pela primeira vez ao enclave sitiado desde que um dos ataques mais letais em sete anos de guerra começou há duas semanas. No domingo, o presidente Bashar Assad informou que as ofensivas militares em Ghuta continuarão.

No entanto, uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse à agência Reuters que autoridades do governo removeram a maior parte dos materiais médicos dos veículos da ONU, impedindo que kits cirúrgicos, insulina, equipamentos de diálise e outros suprimentos entrassem no enclave habitado por 400.000 pessoas.

Bombardeios podiam ser ouvidos perto do ponto de cruzamento para Ghuta no momento da entrada do comboio, apesar de um acordo para que a ajuda humanitária fosse entregue sob condições pacíficas.

“Precisamos ser assegurados de que vamos ser capazes de entregar o auxílio humanitário sob boas condições”, disse Ali al-Za’tari, da ONU, à Reuters.

Za’tari acrescentou que o comboio havia sido reduzido, fornecendo comida para 27.500 pessoas, em vez de 70.000. A ONU disse que a Síria concordou em permitir a entrada do resto da comida para todas as 70.000 pessoas em um segundo comboio em dois dias.

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O comboio é organizado pela ONU, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Crescente Vermelho da Síria.

Ofensiva continuará

Neste domingo, o presidente Bashar Assad prometeu continuar com a ofensiva militar na região de Ghuta, controlada pelos rebeldes. Tropas e milícias aliadas assumiram o controle de vários vilarejos e cidades no maior avanço desde que uma operação em grande escala começou no mês passado na região.

Falando para um pequeno grupo de repórteres em Damasco, Assad disse que a “pausa humanitária” de cinco horas no leste de Ghouta continuaria para permitir que civis que desejam sair da área o façam. “Não há contradição entre a trégua e a operação militar”, acrescentou.

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Assad também negou que o governo sírio tenha realizado ataques com gás tóxico, descrevendo tais relatos como parte do “dicionário de mentiras” dos países ocidentais.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos dez pessoas morreram no início da manhã desta segunda-feira em bombardeios contra as áreas de Haza, Zamalka e Harasta antes de entrar em vigor a pausa humanitária.

(Com agências internacionais)

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