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Primeiro voo com deportados dos EUA parte para Guantánamo

Trump prometeu expandir ala para prender 30 mil imigrantes no centro de detenção criado para manter terroristas após o 11 de Setembro

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 fev 2025, 13h16 - Publicado em 5 fev 2025, 12h53

A porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, Tricia McLaughlin, comunicou que o primeiro voo com imigrantes deportados do país partiu para Guantánamo nesta quarta-feira, 5. Isso ocorre depois do presidente Donald Trump ter afirmado que a base naval em Cuba, famosa pela brutalidade contra os alvos da guerra ao terror de George W. Bush após o 11 de Setembro, será usada para deter 30 000 ilegais.

Segundo McLaughlin, a aeronave militar com destino a Guantánamo transportou de 9 a 10 imigrantes. Ela os chamou de “estrangeiros criminosos altamente perigosos”, mas se recusou a fornecer mais detalhes sobre os indivíduos.

Nas últimas semanas, outros voos militares já levaram centenas de expulsos dos Estados Unidos para o México, Guatemala, Peru, Honduras, Colômbia, Brasil e Índia. Mas este é o primeiro para Guantánamo, após Trump informar que quer que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna expandam uma unidade de detenção de na base para abrigar mais de 30 mil imigrantes.

O governo, porém, não informou quanto custaria a expansão de Guantánamo, criada em 2002 para deter terroristas estrangeiros após os atentados às Torres Gêmeas em 2001.

Deportação em massa

O Pentágono informou que planeja deportar mais de 5 mil estrangeiros detidos pelas autoridades dos Estados Unidos em El Paso, no Texas, e San Diego, na Califórnia. Os voos militares, porém, são uma forma cara de conduzir o que Trump deseja que seja “a maior deportação em massa da história do país”. A agência de notícias Reuters apurou que transportar guatemaltecos de volta ao seu país na semana passada custou pelo menos US$ 4.675 por pessoa.

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Ainda assim, Trump tem recorrido cada vez mais aos militares na execução de sua política migratória, incluindo o envio de 2 mil soldados adicionais para a fronteira com o México, o uso de aeronaves militares para deportações e a abertura de bases militares para ajudar a abrigá-los antes de serem expulsos.

Controvérsias de Guantánamo

Kristi Noem, secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, se recusou a dizer se mulheres, crianças ou famílias seriam presas em Guantánamo. Segundo ela, o plano não é manter pessoas no centro de detenção indefinidamente, assegurando que o governo agiria de acordo com a lei.

A base já abriga uma instalação para migrantes — separada da prisão de segurança máxima para suspeitos de terrorismo —, que tem sido usada ocasionalmente por décadas, inclusive para manter haitianos e cubanos interceptados fazendo o trajeto até os Estados Unidos pelo mar.

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Em 2023, Guantánamo virou alvo de críticas de um especialista das Nações Unidas, segundo o qual os Estados Unidos tratam os detentos da prisão de segurança máxima de forma cruel, desumana e degradante à luz do direito internacional. Há 15 pessoas restantes nesta ala.

Os dois antecessores de Trump, os democratas Barack Obama e Joe Biden, tentaram fechar Guantánamo, mas só conseguiram reduzir sua população de presos. O republicano prometeu mantê-la aberta.

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