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Procurador recomenda que ex-assessor de Trump não seja condenado à prisão

Michael Flynn se declarou culpado de ter mentido ao FBI, mas segundo Robert Mueller colaborou com investigação sobre trama russa

Por Da Redação
5 dez 2018, 10h39

O procurador especial que comanda nos Estados Unidos a investigação sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, Robert Mueller, recomendou que Michael Flynn, ex-assessor do presidente Donald Trump, não seja condenado à prisão, devido à sua colaboração.

“Devido à assistência substancial do acusado e outras considerações que serão detalhadas em seguida, uma sentença no extremo inferior da escala prevista – incluindo uma sentença que não impõe um período de encarceramento – é apropriada e está justificada”, afirmou Mueller em um documento judicial.

Flynn, assessor de Trump na campanha presidencial de 2016 e ex-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, se declarou culpado em 2017 de ter mentido ao FBI, principalmente sobre suas conversas com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kislyak.

“O acusado ajudou com várias investigações em curso”, explica o documento judicial, que cita a investigação “relacionada aos vínculos ou à coordenação entre o governo russo e as pessoas associadas à equipe de campanha do presidente Donald J. Trump”.

Mueller também se referiu à participação de Flynn em 19 entrevistas com sua equipe ou outros advogados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

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Procuradores disseram que Flynn também ofereceu ajuda para outras investigações criminais, mas que estes detalhes foram editados para manter informações sobre casos em andamento em segredo.

O procurador especial tem como principal missão determinar se aconteceu um conluio entre os funcionários russos e a equipe de campanha de Trump em 2016. A investigação é frequentemente chamada de “caça às bruxas” pelo presidente, que também critica Mueller com veemência.

Até o momento, Flynn é a única pessoa com passagem pelo governo Trump a assumir a culpa de um crime diretamente ligado a investigação sobre as tentativas russas de influenciar a eleição americana.

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O inquérito de Mueller, que pode ameaçar a Presidência Trump, já implicou 32 indivíduos e três empresas russas. Ele deve emitir um relatório sobre suas conclusões possivelmente em algum momento do ano que vem.

(Com AFP e Reuters)

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