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Professora acusa candidato de Trump à Suprema Corte de agressão sexual

Indicação de Brett Kavanaugh ainda precisa ser aprovada pelo Senado ; terapeuta da professora Christine Ford descreve ataque como "tentativa de estupro"

Por Da Redação
17 set 2018, 12h15
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  • Uma professora universitária acusou publicamente neste domingo (17) o candidato de Donald Trump para integrar a Suprema Corte dos Estados Unidos, Brett Kavanaugh, de agressão sexual na década de 1980.

    Christine Blasey Ford, professora da Universidade de Palo Alto, acusa Kavanaugh, de 53 anos, de tê-la agredido sexualmente durante uma festa há quase quatro décadas, quando ele, então estudante de um liceu nos arredores de Washington, estava “completamente bêbado”.

    Blasey já havia detalhado as acusações contra Brett Kavanaugh em cartas confidenciais endereçadas a um congressista e depois à senadora democrata pela California Diane Feinstein, que integra o Comitê Judicial do Senado. O caso já circulava pela imprensa na semana passada.

    Neste domingo (16), contudo, Ford acusou Kavanaugh publicamente em uma entrevista ao jornal The Washington Post.

    Ela afirmou que decidiu se apresentar publicamente porque sentia que sua “responsabilidade cívica” estava “superando” sua “angústia e terror pelas represálias” depois que os detalhes básicos da história apareceram na mídia americana.

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    Kavanaugh emitiu uma declaração na sexta-feira (14), negando o incidente: “Nego de maneira categórica e inequívoca esta acusação. Não fiz isso na escola secundária nem em nenhum outro momento”.

    Kavanaugh foi indicado por Trump no último dia 9 de julho para integrar a Suprema Corte dos Estados Unidos, formada por nove juízes com cargo vitalício, que são escolhidos pelo presidente e confirmados pelo Senado.

    Na próxima quinta-feira (20), o Comitê do Senado votará se recomenda ou não a indicação de Kavanaugh, cuja aprovação depende da votação no plenário.

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    O caso

    Ford contou ao jornal que a agressão aconteceu em um verão no início da década de 1980, quando Kavanaugh e um amigo, que estavam “bêbados”, a encurralaram em um quarto durante uma festa de adolescentes em uma casa no condado de Montgomery, subúrbio de Washington.

    Kavanaugh a imobilizou em uma cama enquanto seu amigo observava, disse a mulher. Quando ela tentou gritar pedindo ajuda, Kavanaugh pôs a mão em sua boca.

    “Pensei que ele poderia me matar”, disse Ford, que agora tem 51 anos e vive no norte da Califórnia. “Ele estava tentando me atacar e tirar a minha roupa”, acrescentou.

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    Ela disse que finalmente conseguiu escapar quando outro colega de turma de Kavanaugh foi para cima deles. Nesse momento, os três caíram no chão e a mulher conseguiu sair do quarto, primeiro, para se trancar rapidamente em um banheiro, antes de fugir da casa.

    Ela afirmou não ter contado nada sobre o ataque até 2012, quando o mencionou durante uma terapia para casais, ao lado de seu marido.

    As anotações do terapeuta da época, vistas pelo Washington Post, não mencionam Kavanaugh pelo nome, mas ecoam a denúncia, descrevendo um ataque de estudantes “de uma escola elitista de homens” que se tornaram “membros muito respeitados e do alto escalão na sociedade de Washington”.

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    As notas das sessões de terapia durante o ano posterior ao fato descrevem o ataque como uma “tentativa de estupro”.

    (Com AFP e EFE)

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