Promotores dos EUA voltam atrás em acordo judicial para filho de Biden
Advogados dizem que pacto para resolver acusações contra Hunter Biden sobre sonegação de impostos e porte ilegal de arma foi renegado
Os advogados de Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disseram na noite de domingo 14 que o acordo judicial que resolveria as acusações sobre sonegação de impostos e porte ilegal de arma de fogo contra seu cliente foi renegado pelos promotores americanos. A batalha nos tribunais corre enquanto seu pai busca a reeleição.
Os promotores federais de Delaware disseram na última sexta-feira 11 que Hunter pode ser levado a um julgamento criminal após o fracasso das negociações de confissão. A juíza distrital dos Estados Unidos Maryellen Noreika rejeitou um acordo judicial proposto em julho, levantando preocupações sobre sua legalidade e o escopo da imunidade que oferecia ao filho do presidente.
Sob esse acordo proposto, Hunter deveria se declarar culpado de não pagar impostos sobre US$ 1,5 milhão em renda entre 2017 e 2018. Também teria firmado um acordo separado, para arquivar a acusação por posse ilegal de arma de fogo enquanto ainda era usuário de drogas, um crime pela lei americana.
O caso virou prato cheio para os republicanos no Congresso, que levantaram a possibilidade de realizar um impeachment contra o presidente Biden, do Partido Democrata, por causa dos crimes de seu filho. Eles também acusaram o Departamento de Justiça de fazer um acordo melhor para Hunter, a serviço do pai e chefe da Casa Branca.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, negou as acusações de favoritismo. Na sexta-feira, ele elevou o procurador de Delaware, David Weiss, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump para investigar o caso desde 2019, ao status de conselheiro especial, o que lhe dá autoridade adicional.
Se o caso for a julgamento, o presidente estaria em campanha para a reeleição em novembro de 2024, provavelmente contra o ex-presidente Donald Trump. O líder republicano, por sua vez, enfrentará pelo menos três julgamentos criminais no ano que vem.