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Promotores dos EUA voltam atrás em acordo judicial para filho de Biden

Advogados dizem que pacto para resolver acusações contra Hunter Biden sobre sonegação de impostos e porte ilegal de arma foi renegado

Por Da Redação
14 ago 2023, 15h28

Os advogados de Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disseram na noite de domingo 14 que o acordo judicial que resolveria as acusações sobre sonegação de impostos e porte ilegal de arma de fogo contra seu cliente foi renegado pelos promotores americanos. A batalha nos tribunais corre enquanto seu pai busca a reeleição.

Os promotores federais de Delaware disseram na última sexta-feira 11 que Hunter pode ser levado a um julgamento criminal após o fracasso das negociações de confissão. A juíza distrital dos Estados Unidos Maryellen Noreika rejeitou um acordo judicial proposto em julho, levantando preocupações sobre sua legalidade e o escopo da imunidade que oferecia ao filho do presidente.

Sob esse acordo proposto, Hunter deveria se declarar culpado de não pagar impostos sobre US$ 1,5 milhão em renda entre 2017 e 2018. Também teria firmado um acordo separado, para arquivar a acusação por posse ilegal de arma de fogo enquanto ainda era usuário de drogas, um crime pela lei americana.

O caso virou prato cheio para os republicanos no Congresso, que levantaram a possibilidade de realizar um impeachment contra o presidente Biden, do Partido Democrata, por causa dos crimes de seu filho. Eles também acusaram o Departamento de Justiça de fazer um acordo melhor para Hunter, a serviço do pai e chefe da Casa Branca.

O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, negou as acusações de favoritismo. Na sexta-feira, ele elevou o procurador de Delaware, David Weiss, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump para investigar o caso desde 2019, ao status de conselheiro especial, o que lhe dá autoridade adicional.

Se o caso for a julgamento, o presidente estaria em campanha para a reeleição em novembro de 2024, provavelmente contra o ex-presidente Donald Trump. O líder republicano, por sua vez, enfrentará pelo menos três julgamentos criminais no ano que vem.

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