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Protesto com queima do ‘Alcorão’ se espalha por outros cantos da Europa

Novo caso aconteceu em frente à embaixada iraquiana em Copenhague

Por Da Redação
Atualizado em 25 jul 2023, 17h12 - Publicado em 24 jul 2023, 15h38
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  • Seguindo os passos da Suécia, dois manifestantes dinamarqueses queimaram nesta segunda-feira, 24, uma cópia do Alcorão, livro sagrado islâmico, em frente à embaixada iraquiana em Copenhague. Irritado com os protestos na Europa, o Iraque comunicou que a delegação dinamarquesa deixou Bagdá há dois dias, em um movimento similar ao da última quarta-feira, quando funcionários abandonaram a embaixada sueca no país por falta de segurança.

    Na semana anterior, um iraquiano ateu identificado como Salwan Momika ameaçou atear fogo ao Alcorão em frente à embaixada do Iraque em Estocolmo. Apesar de não ter cumprido o plano, ele chutou e pisou no livro sagrado, na bandeira iraquiana e em fotos do político xiita Muqtada al-Sadr e do líder supremo do Irã, Ali Khamenei.

    Como consequência, muçulmanos invadiram o prédio da embaixada sueca em Bagdá e provocaram um pequeno incêndio, ao passo que milhares de pessoas foram às ruas em cidades do Iraque, Irã e Líbano. O incidente nesta segunda-feira em Copenhague levou a uma nova onda de protestos nos países e ao pedido do Ministério das Relações iraquiano de que nações pertencentes à União Europeia (UE) “reconsiderem rapidamente a chamada liberdade de expressão e o direito de manifestação”.

    + Muçulmanos de vários países vão às ruas contra queima de Alcorão na Suécia

    A Dinamarca aboliu o delito de blasfêmia em 2017, enquanto a Suécia revogou um conjunto de normas sobre o assunto ainda na década de 1970. Os países consideram, então, que manifestações que pautem questões religiosas não ferem a ordem pública e, portanto, são autorizadas. A permissão e o desrespeito de Momika, contudo, levaram à quebra das relações diplomáticas entre Suécia e Iraque na última quinta-feira.

    Contrariando a versão iraquiana, o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês informou que a embaixada em Bagdá estava fechada desde 22 de julho para o período de férias, em uma decisão que não teria motivações relacionadas à queima do exemplar do livro sagrado. As relações entre as nações, no entanto, teriam sido diretamente afetadas pelo episódio.

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