Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, segundo disse o prefeito de Chacao (uma das cinco divisões administrativas da capital Caracas), o opositor Ramon Muchacho.
“Atendemos 17 pessoas até as 15h23 (16h23 de Brasília)”, detalhou Muchacho. Segundo ele, dez pessoas sofreram “contusões e lesões de vários tipos”, quatro pessoas foram feridas por pedras ou pelo impacto direto de gás lacrimogêneo, dois por complicações respiratórias e um ferido por bala de borracha. “Todo mundo está fora de perigo”, acrescentou. “Não temos informações do uso de armas de fogo.”
A oposição venezuelana tentou hoje, pela quarta vez sem sucesso na última semana, marchar até a sede da Defensoria Pública, no centro de Caracas, mas foi novamente impedida pela polícia, que usou jatos de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação.
O deputado opositor José Manuel Olivares denunciou através de sua conta no Twitter que policiais e militares usaram gás lacrimogêneo vencido no “ataque” aos manifestantes, bem como bombas com “gás vermelho”, das quais não sabia que tipo de produto químico continham.
Dois dias atrás, Muchacho relatou outros 19 feridos em outra manifestação da oposição que tentou atravessar a capital de leste a oeste para pedir ao defensor público, Tarek William Saab, que apoie um processo iniciado no parlamento com o objetivo de suspender sete juízes do Tribunal Supremo aos quais acusam de cometer um “golpe”.
As manifestações que se tornaram violentas na semana passada deixaram várias dezenas de feridos, de acordo com a aliança de partidos de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD), enquanto o governo contabiliza 20 detidos.
(Com EFE)