Protestos em novas eleições no Quênia deixam duas pessoas mortas
O candidato de oposição Raila Odinga anunciou que não participaria do pleito e pediu boicote a seus eleitores
Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h58 - Publicado em 26 out 2017, 13h41
Manifestante de oposição grita com uma faca na mão durante confrontos com a políciai na favela de Kibera em Nairóbi, no Quênia - 26/10/2017 (Goran Tomasevic/Reuters)
Continua após publicidade
1/16 Manifestantes da Super-Aliança Nacional (NASA) montam uma barricada durante eleições presidenciais em Awasi, no Quênia - 26/10/2017 (Yasuyoshi Chiba/AFP)
2/16 Manifestantes incendeiam pneus durante protesto contra as eleições presidenciais em Mombasa, no Quênia - 26/10/2017 (Joseph Okanga/Reuters)
3/16 Manifestante de oposição grita com uma faca na mão durante confrontos com a políciai na favela de Kibera em Nairóbi, no Quênia - 26/10/2017 (Goran Tomasevic/Reuters)
4/16 Eleitores fazem fila na entrada em uma mesa de votação em uma escola primária de Mutomo, em Kiambu no Quênia - 26/10/2017 (Simon Maina/AFP)
5/16 Manifestantes de oposição protestam sob a forte chuva em frente a uma barricada no distrito de Mathare, em Nairóbi. Um grupo de manifestantes bloqueou a estrada e tentou evitar que os eleitores acessassem uma mesa de voto durante eleições presidenciais - 26/10/2017 (Luis Tato/AFP)
6/16 Manifestantes de oposição queimam pneus em protesto contra o candidato presidencial Raila Odinga, na favela de Kibera, em Nairóbi, no Quênia - 25/10/2017 (Andrew Renneisen/Getty Images)
7/16 Manifestantes da Super-Aliança Nacional (NASA) protestam na favela de Kibera em Nairóbi. Os manifestantes boicotaram a votação e tentam bloquear as eleições presidenciais - 26/10/2017 (Andrew Renneisen/Getty Images)
8/16 Moradores observam a ação de manifestantes que tentam evitar que os eleitores acessem uma mesa de votação durante as eleições presidenciais em Mathare, Nairóbi - 26/10/2017 (Marco Longari/AFP)
9/16 Manifestantes da Super-Aliança Nacional (NASA) protestam na favela de Kibera em Nairóbi. Os manifestantes boicotaram a votação e tentam bloquear as eleições presidenciais - 26/10/2017 (Andrew Renneisen/Getty Images)
10/16 Manifestantes de oposição ao presidente do Quênia usam pedras para destruir uma parede na favela de Kibera, em Nairóbi durante protestos contra as eleições - 26/10/2017 (Andrew Renneisen/Getty Images)
11/16 Policial tenta dispersar partidários do líder da oposição queniana, Raila Odinga, que protestam contra a eleição presidencial na favela de Kibera em Nairóbi, no Quênia - 26/10/2017 (Thomas Mukoya/Reuters)
12/16 Policiais examinam lançam uma bomba de gás lacrimogênio contra manifestantes na favela de Kibera em Nairóbi - 26/10/2017 (Andrew Renneisen/Getty Images)
13/16 Um apoiador da oposição da coligação do Quênia Nacional Super Aliança (NASA) segura um cachorro sobre os ombros durante uma manifestação política em Nairobi, no Quênia - 11/10/2017 (Thomas Mukoya/Reuters)
14/16 Um político da oposição da coligação da Super-Aliança Nacional (NASA), reage depois que uma lata de gás disparada por policiais atinge o interior de seu carro durante um protesto ao longo de uma rua na cidade de Nairobi, no Quênia - 13/10/2017 (Baz Ratner/Reuters)
15/16 Apoiadores do candidato presidencial da Super-Aliança Nacional (NASA), Odinga, vão às ruas em boicote às próximas eleições em Kisumu, no Quênia - 24/10/2017 (Kevin Midigo/AFP)
16/16 Partidários do candidato presidencial da Super Aliança Nacional (NASA) Raila Odinga lançam pedras e bloqueiam uma estrada, durante manifestação sobre o boicote das próximas eleições em Kisumu, no Quênia - 25/10/2017 (Jennifer Huxta/AFP)
Na quarta-feira, na véspera da nova data agendada, Odinga anunciou que não participaria do pleito e pediu que seus eleitores boicotassem as eleições. O opositor alega que a comissão eleitoral não implementou as reformas previstas para que esta segunda votação pudesse transcorrer com credibilidade.
A comissão eleitoral declarou que os centros de votação funcionaram normalmente nesta quinta-feira em grande parte do país, mas que “desafios de segurança” obrigaram o pleito a ser atrasado em áreas como Homa Bay, Kisumu, Migori e Siaya, cidades conhecidas como bastiões da oposição. Nestas localidades, as eleições foram adiadas para sábado, dia 28.
Na cidade de Kisumu, no oeste do país, um homem levou um tiro e morreu no hospital, segundo informou a rede CNN. Outras quatro pessoas foram socorridas com ferimentos de armas de fogo. Nos distritos de Kibera e Mathare, dois dos principais redutos de Odinga na capital Nairóbi, barricadas foram armadas nas ruas e manifestantes atearam fogo em diversos pontos, o que levou a confrontos com policiais, que reagiram com tiros e bombas de gás lacrimogêneo. De acordo com as autoridades, foram reportados incidentes violentos em outras três cidades no oeste do país. Em Homa Bay, outro homem foi baleado e morreu, informou a agência Reuters.
Um grupo de cidadãos apresentou um pedido para que as novas eleições fossem canceladas, ao alegarem que não havia garantias para um processo transparente. A resposta ao recurso, contudo, foi adiada na quarta-feira pelo Tribunal Supremo do Quênia devido à ausência de parte dos magistrados para discutir o caso. O órgão não revelou quando emitirá uma decisão.
Episódios esporádicos da violência deixaram pelo menos 24 mortos desde o anúncio da vitória de Kenyatta nas últimas eleições, dois meses atrás. Em 2007, mais de 1.200 pessoas morreram em decorrência de confrontos por conta dos resultados do pleito em 2007, quando Odinga foi derrotado e o país, com cerca de 47 milhões de habitantes, quase mergulhou em uma guerra civil.
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.