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Protestos no Chile deixam três mortos e 700 presos

Sebastián Piñera, presidente chileno, suspendeu no sábado a alta da passagem de metrô que deflagrou as manifestações na capital

Por Reuters 20 out 2019, 12h44

As violentas manifestações em várias cidades do Chile deixaram pelo menos três mortos ao amanhecer deste domingo, apesar do toque de recolher imposto pelos militares em Santiago e em dois outros polos urbanos para conter protestos contra o aumento da tarifa do transporte, que resultaram em saques e confrontos.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, suspendeu no sábado a alta da passagem de metrô que detonou as manifestações na capital, que mais tarde se espalharam para outras cidades do país.

A restrição de movimento e reunião, aplicada em Santiago pela primeira vez desde o final da ditadura de Augusto Pinochet, não impediu ações durante a noite com novos incêndios e saques de estabelecimentos comerciais.

Os militares vagavam pelas ruas em tanques e outros veículos, sobrevoados por helicópteros, tentando evitar novos incêndios na rede de metrô, a mais moderna da América Latina, que pode ter algumas linhas paralisadas por até quatro meses, disse Louis de Grange, Presidente do Metro Board.

O ministro do Interior, Andrés Chadwick, explicou que em uma cidade populosa no sul de Santiago, duas pessoas morreram e uma foi gravemente ferida por um incêndio após a pilhagem de um supermercado. O promotor Xavier Armendáriz confirmou a morte de um homem em outro incêndio.

Durante a madrugada, duas pessoas foram feridas a tiros em um posto de patrulha militar, o que as autoridades militares disseram estar sendo investigado.

Chadwick também informou que 716 pessoas foram presas em todo o país devido aos tumultos, enquanto 244 foram detidas por violar o toque de recolher. Além disso, ele não descartou a extensão do estado de emergência – em vigor na região da capital, Valparaíso, Bío Bío, Coquimbo e O’Higgins – para outras regiões, se necessário.

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