Quadro de Da Vinci é vendido por US$ 450,3 milhões em NY; recorde
Arrematado em 1958 por apenas 250 reais, quadro estabelece novo patamar de valor para obras de arte
Um quadro pintado por Leonardo da Vinci há cinco séculos foi leiloado nesta quarta-feira por 450,3 milhões de dólares (1 bilhão e meio de reais). A venda, efetuada pela casa de leilões Christie’s, em Nova York, coloca a obra Salvator Mundi (Salvador do Mundo, em tradução livre) como a mais cara já comercializada em todos os tempos.
O leilão durou cerca de 20 minutos, período mais longo que o de costume para vendas do tipo. O preço inicial foi de 70 milhões de dólares, mas três minutos depois, a peça já tinha alcançado os 200 milhões de dólares. O valor final ofertado foi de 400 milhões de dólares, sendo os mais de 50 milhões de dólares restantes referentes a taxas e outros encargos. A identidade e a origem do comprador não foram revelados pela casa de leilões.
A peça, única obra do artista italiano mantida em coleções privadas, foi comissionada pelo rei Luis XII da França por volta do ano 1500, e posteriormente fez parte da coleção do Rei Carlos I da Inglaterra. Dado como perdido desde o século 18, o quadro reapareceu em um leilão em Londres em 1958, e, considerado uma cópia por especialistas à época, foi arrematado por apenas 58 libras (250 reais). Em 2005, o trabalho foi vendido novamente por menos de 10 mil dólares, e, eventualmente, acabou nas mãos de um bilionário russo, que o arrecadou oito anos depois por 127,5 milhões de dólares.
O trabalho leiloado, uma leitura de Jesus Cristo em roupas Renascentistas feita por Da Vinci que foi descrita pela Christie’s como “a maior descoberta do século 21”, supera em muito o antigo recorde de obra de arte mais cara já vendida, de autoria de Pablo Picasso. Em 2015, o quadro do espanhol Les Femmes d’Alger foi arrecadado por 179,4 milhões de dólares.
(Com EFE)