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Quem é o professor que Lula fez questão de encontrar em viagem à Itália

Domenico De Masi é considerado uma das principais referências internacionais no campo da sociologia do trabalho

Por Paula Freitas Atualizado em 20 jun 2023, 15h12 - Publicado em 20 jun 2023, 14h41
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  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Roma, na Itália, nesta terça-feira, 20, em uma viagem que inclui reuniões com o papa Francisco e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, na quarta-feira. Os compromissos da agenda do petista na cidade, no entanto, começam poucas horas depois de tocar solo, com um encontro com o professor e sociólogo italiano Domenico De Masi.

    Autor de obras como Ócio Criativo e O Trabalho no Século XXI, sua publicação mais recente, De Masi publicou seus primeiros trabalhos no campo da sociologia aos 19 anos e, aos 22, passou a lecionar na Universidade de Nápoles. Professor emérito na Universidade La Sapienza, de Roma, ele é considerado uma das principais referências internacionais no campo da sociologia do trabalho, explorando problemáticas da sociedade pós-industrial tanto na Itália como no resto do globo.

    Visitante regular do Brasil, De Masi recebeu o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro em 2010. Decretada pela Câmara Municipal, a decisão se deu pelo fato de o italiano apresentar “uma extraordinária coleção de ideias” e por ser “um dos mais originais e criativos pensadores do nosso tempo”.

    “Por essas ideias, pelo modo como aponta para o futuro de um mundo em constante transformação, o professor Domenico De Masi merece do povo brasileiro a justa homenagem do Título de Cidadão Honorário”, indica o texto.

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    Em entrevista a VEJA no ano passado, o sociólogo destacou a influência da pandemia de Covid-19 nas relações de trabalho, especialmente a maneira como “desgraças” podem ampliar as desigualdades. Na ocasião, ele ressaltou a importância da atuação do governo em crises de saúde pública e criticou a gestão do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro no controle da doença.

    “Aprendemos que o Estado é necessário. É preciso ter um gabinete central que gere com inteligência tudo que acontece. Eu tive a impressão que o estado agiu melhor aqui do que no Brasil. E aprendemos que é importante a saúde pública. Todos foram curados, ricos e pobres”, explicou.

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    Parceiros de longa data, Lula foi visitado por De Masi em 2019,  quando ainda estava preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Após o encontro, o professor italiano disse que o petista havia sido “encarcerado injustamente”, opinião que, segundo ele, seria compartilhada por intelectuais “em todo o mundo”.

    “Lula pareceu estar muito bem, do ponto de vista psicológico e intelectual. Ele continua sendo uma grande liderança no mundo e, talvez, a liderança mais importante que o mundo tem neste momento”, disse aos repórteres na saída.

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