Qasem Soleimani, general morto em um ataque aéreo americano em Bagdá na noite de quinta (2), era conhecido como um dos homens de maior poder no cenário iraniano. O homem de 62 anos, de baixa estatura e comportamento silencioso, chefiava a unidade Quds, da Guarda Revolucionária, e era apontado como o mentor das estratégias militares do país.
Soleimani era próximo do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Ele sobreviveu a várias tentativas de assassinato nas últimas décadas. Sua morte deve aumentar ainda mais a tensão entre Irã, Iraque e Estados Unidos. Ao estender o alcance militar do país, em conflitos como os da Síria e do Iraque, passou a ser idolatrado por partidários iranianos. Para especialistas na região, ele tinha mais influência diplomática que o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif.
Na terça-feira, militantes pró-Irã invadiram uma parte da embaixada americana em Bagdá em represália a ataques aéreos dos EUA que deixaram 25 integrantes das milícias paramilitares mortos.
Em abril de 2019, os Estados Unidos designaram a Guarda Revolucionária do Irã como uma organização terrorista. Foi a primeira vez que Washington rotulou formalmente uma unidade militar de outro país como terrorista.
A Guarda Revolucionária Iraniana é uma organização criada após a Revolução Islâmica de 1979.