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Quem era Yahya Sinwar, líder do Hamas morto por Israel

Palestino era considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro do ano passado, que deixaram 1.200 israelenses mortos

Por Da Redação
Atualizado em 17 out 2024, 16h53 - Publicado em 17 out 2024, 14h10
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  • O governo de Israel afirmou nesta quinta-feira, 17, que o líder do grupo militante palestino Hamas, Yahya Sinwar, foi morto durante um ataque na Faixa de Gaza. Sinwar é considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro do ano passado, que deixaram 1.200 israelenses mortos.

    O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que Sinwar “foi morto por soldados das Forças de Defesa de Israel”. Pouco depois, a morte foi confirmada pelo Exército israelense.

    Sinwar é considerado por autoridades árabes e palestinas como o arquiteto da estratégia e do poder militar do Hamas, reforçado por seus fortes laços com o Irã, que ele visitou em 2012.

    Operando nas sombras de uma rede de túneis sob Gaza, duas fontes israelenses disseram à agência de notícias Reuters que Sinwar sobreviveu aos ataques aéreos israelenses no ano passado, que teriam matado seu vice, Mohammed Deif, e outros líderes importantes.

    Desde as tentativas de assassinato, após os ataques de 7 de outubro, o líder trocava de esconderijos constantemente e usava pessoas de confiança para mandar mensagens, sem aderir a comunicações digitais, de acordo com oficiais do Hamas ouvidos pela Reuters. Ele não era visto em público desde o dia dos ataques em solo israelense.

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    Ao longo de meses de negociações de cessar-fogo fracassadas, lideradas por Catar e Egito, que se concentraram na troca de prisioneiros por reféns, Sinwar era o único tomador de decisões, disseram fontes do Hamas.

    Sinwar chegou ao comando do Hamas após a morte do seu antecessor, Ismael Haniyeh, numa suposta operação israelense na capital iraniana, Teerã. Haniyeh, que vivia no Catar, estava no país para a posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. O Hamas acusou Israel pelo bombardeio contra uma residência para veteranos de guerra que matou Haniyeh e um segurança e prometeu vingança.

    Ao contrário de Haniyeh, Sinwar nunca deixou a Faixa de Gaza e foi nomeado chefe político do grupo no enclave palestino em 2017, com raras aparições públicas. Nascido em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, ele tornou-se membro do Hamas na década de 1980. Ao todo, passou 23 anos em prisões israelenses, tendo sido libertado em 2011 em acordo de troca de prisioneiros.

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    Meia dúzia de pessoas que conhecem Sinwar disse à Reuters que sua determinação foi moldada por uma infância pobre nos campos de refugiados de Gaza e pelos anos brutais sob custódia israelense, incluindo um período em Ashkelon, a cidade que seus pais chamavam de lar antes de fugirem após a guerra árabe-israelense de 1948.

    O homem de 61 anos foi responsável por fortalecer o braço armado do grupo, as Brigadas Al-Qassam. Após 7 de outubro, conseguiu permanecer fora do radar israelense, apesar da violenta campanha de Tel Aviv em Gaza. Até o momento, mais de 40.000 palestinos foram mortos.

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