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Rachado, Partido Republicano não deve fazer lobby contra impeachment

Ao contrário do primeiro inquérito contra o presidente dos EUA, líderes republicanos no legislativo não pressionarão seus colegas para apoiar Trump

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h30 - Publicado em 12 jan 2021, 18h01
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  • O Partido Republicano decidiu, nesta terça-feira 12, não fazer lobby formal para votar contra o impeachment do presidente Donald Trump na Câmara.

    O posicionamento representa uma ruptura implícita com o mandatário, acusado de incitar seus apoiadores a invadir o Capitólio na semana passada.

    Segundo o jornal The New York Times, o líder republicano na Câmara, Kevin McCarthy, disse que se oporia “pessoalmente” ao impeachment.

    Ao contrário do primeiro inquérito contra Trump, porém, ele não vai pressionar seus colegas a fazer o mesmo. Enquanto isso, o líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, recusou-se a defender Trump ou a criticar a tentativa de impeachment.

    Ambos apresentam uma mudança sutil do grau de lealdade ao presidente – que costumava ser absoluta, como exige o presidente.

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    Se o processo for aprovado na Câmara, como é provável devido à maioria democrata, 17 senadores republicanos teriam que juntar-se à oposição para atingir os dois terços necessários para completar o impeachment.

    O Times reporta que, de acordo com informações de assessores, cerca de 12 republicanos pretendem votar a favor da condenação.

    O primeiro inquérito contra Trump, em que foi acusado de abuso de poder e obstrução ao legislativo, foi aprovado na Câmara, mas morreu no Senado.

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    Caso o atual – que o acusa de crimes graves e contravenções, relacionados a incitar uma “insurreição” – seja aprovado pelos senadores, o presidente pode ser impedido de ocupar cargos públicos novamente.

    Falando nesta terça-feira sobre a invasão ao Congresso, o presidente recusou-se a assumir qualquer responsabilidade pelo incidente.

    Em um comício antes da sessão para oficializar o resultado das eleições presidenciais de novembro passado, Trump encorajou explicitamente seus apoiadores a marcharem até o Capitólio, dizendo frases como: “Se vocês não lutarem como o diabo, não terão mais um país”.

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    Contudo, Trump alegou que seu discurso foi “totalmente apropriado”, recusando-se a assumir qualquer responsabilidade por seu papel na ocupação do Congresso na quarta-feira passada. Além disso, ele afirmou que a abertura do processo de impeachment será prejudicial à nação e que a tentativa é “absolutamente ridícula”.

    Trump ofereceu aos republicanos alguns motivos para se unirem a ele. Falando sobre o ataque pela primeira vez em dias, ele não expressou remorso pelo incidente, que resultou na morte de cinco pessoas.  Seu discurso, afirmou, foi “totalmente apropriado”.

    A deputada Liz Cheney, descendente de uma família republicana histórica, disse que a escolha seria um “voto de consciência”, com poder de moldar as carreiras de membros do partido.

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    Para aqueles que se incomodaram com as atitudes do presidente, mas não desejam uma ruptura completa, o deputado Kevin McCarthy listou alternativas, como sugestões de mudanças legislativas para o processo eleitoral.

    O impeachment deve ser votado na Câmara nesta quarta-feira, 13. Contudo, ainda não está claro como o processo deve se desenrolar depois que chegar à mais alta casa legislativa.

    Os democratas pretendem dar continuidade ao processo atual mesmo após Trump deixar o cargo em oito dias, no dia 20 de janeiro, com objetivo de impedi-lo de concorrer em eleições novamente.

    Mas uma grande investigação como essa pode obstruir o início do mandato de Joe Biden e atrapalhar a resposta do país à pandemia de coronavírus, assim como a campanha de vacinação contra a Covid-19.

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