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Racismo nos EUA: milhares se reúnem em manifestação BLM em Washington

O protesto coincide com o 57º aniversário da marcha pelos direitos civis na qual Martin Luther King fez o seu célebre discurso 'Eu tenho um sonho'

Por Da Redação
Atualizado em 28 ago 2020, 18h08 - Publicado em 28 ago 2020, 17h06
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  • Milhares de pessoas estão se reunindo nesta sexta-feira, 28, para uma grande marcha anti-racismo em Washington, nos Estados Unidos. O evento, que já estava planejado havia meses, cresceu em reação ao episódio de violência policial contra o afro americano Jacob Blake, baleado múltiplas vezes nas costas pela polícia em Kenosha, no estado do Wisconsin, no domingo 23.

    Os manifestantes devem protestar ao longo do National Mall, parque que separa o Lincoln Memorial do Capitólio. Pela manhã, milhares de pessoas com máscaras, para se proteger da Covid-19, fizeram fila para verificar a temperatura e entrar no perímetro do parque.

    No calor úmido do final do verão, centenas se aglomeravam nos poucos locais com sombra. A escolha pelo National Mall é uma homenagem ao movimento pelos direitos civis e, mais especificamente, à Marcha sobre Washington para Trabalhos e Liberdade, de 1963, que passou pelo mesmo local.

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    A Marcha, que completa 57 anos nesta sexta-feira, se imortalizou no mundo pelo discurso do reverendo Martin Luther King Jr., no qual ele disse: ‘Eu tenho um sonho’.

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    A manifestação desta sexta-feira é batizada de ‘Tire seu joelho de cima dos nossos pescoços’, em referência às últimas palavras do afro-americano George Floyd, morto asfixiado por um policial branco em Minneapolis, no estado de Minnesota, em maio.

    A morte de Floyd desencadeou por todo os Estados Unidos uma série de protestos pacíficos antirracismo, assim como múltiplos tumultos e confrontos violentos entre civis e autoridades policiais. Em resposta ao que chamou de ‘atos de terrorismo interno‘, o presidente americano, Donald Trump, enviou forças de segurança federais a algumas metrópoles, em especial Portland, no estado do Oregon.

    Embora tenham se reduzido depois de algumas semanas ao longo de julho e agosto, os protestos antirracismo no país se intensificaram nesta semana, após o caso Jacob Blake. O americano sobreviveu e está hospitalizado, mas pode nunca mais voltar a andar, de acordo com seu advogado.

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    As autoridades identificaram que o único policial a abrir fogo contra Blake ao todo sete disparos foi Rusten Sheskey. Ele foi suspenso da corporação, mas ainda não foi detido, nem processado.

    O Departamento de Justiça de Wisconsin disse nesta sexta-feira que outros dois policiais, Vincent Arenas e Brittany Meronek, estiveram envolvidos no ataque. Ambos, Arenas e Meronek, foram suspensos também.

    Não há relatos oficiais sobre o porquê de Blake ter sido abordado, apenas que os policiais tentaram imobilizá-lo com um taser sem sucesso antes dos disparos.

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    Nos violentos protestos que se seguiram ao episódio, duas pessoas foram mortas baleadas em uma mesma noite. O principal suspeito é um adolescente branco de 17 anos que portava um rifle e o apontou contra os manifestantes naquela noite. Ele está detido.

    (Com AFP)

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