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Ramaphosa é confirmado presidente da África do Sul

Congresso Nacional Africano conquista 230 das 400 cadeiras da Assembleia Nacional; vice David Mabuza não assumirá por ter 'desprestigiado' a legenda

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 22 Maio 2019, 16h12 - Publicado em 22 Maio 2019, 15h10
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  • A Assembleia Nacional da África do Sul confirmou nesta quarta-feira, 22, a reeleição de Cyril Ramaphosa como presidente do país depois da vitória do partido Congresso Nacional Africano (CNA) nas eleições realizadas no último dia 8.

    Com maioria absoluta na Câmara baixa do Parlamento, Ramaphosa foi confirmado como presidente sem a necessidade da realização de uma votação formal, já que era candidato único.

    Ramaphosa chegou ao poder em fevereiro de 2018, após o próprio CNA ter forçado a renúncia do então presidente Jacob Zuma, envolvido em uma série de escândalos de corrupção.

    O CNA conquistou 230 das 400 cadeiras da Assembleia Nacional nas últimas eleições. Apesar da vitória, o resultado foi o menos expressivo do partido fundado por Nelson Mandela desde o fim do regime do apartheid, o que ocorreu há 25 anos.

    O vice-presidente do país, David Mabuza, anunciou de forma surpreendente na manhã desta quarta-feira que não assumirá o cargo enquanto passa por uma investigação interna do CNA. O partido não deu detalhes sobre o caso e se limitou a dizer que Mabuza é acusado de trazer “desprestígio” à legenda.

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    O anúncio alimentou os crescentes rumores de que Mabuza seja excluído do novo governo de Ramaphosa, que deve anunciar quais serão seus ministros nos próximos dias.

    A Aliança Democrática, liderada por Mmusi Maimane, continua a ser o principal bloco de oposição ao CNA na Assembleia Nacional, com 84 cadeiras. A terceira maior bancada parlamentar é a do Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF), um grupo de extrema esquerda liderada pelo populista Julius Malema, com 44 deputados.

    Maimane parabenizou Ramaphosa pela reeleição, mas advertiu que ele será responsável por fazer um governo livre de corrupção e garantir que aqueles que “saquearam o país” sejam levados à prisão. A advertência era uma clara mensagem aos escândalos que atingiram várias lideranças do CNA, como o próprio ex-presidente Jacob Zuma.

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    Ramaphosa tomará posse para seu segundo mandato como presidente em cerimônia que será realizada em Pretória, no sábado.

    (Com EFE)

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