A sul-coreana Choi Soon-sil, no centro do escândalo de corrupção que provocou o impeachment da então presidente Park Geun-hye, foi condenada nesta sexta-feira a três anos de prisão, na primeira sentença dos processos que enfrenta.
A amiga íntima da presidente, de 61 anos, foi considerada culpada de usar seus contatos para subornar professores, para que sua filha fosse admitida na Universidade Ewha e recebesse boas notas, apesar de seu pobre desempenho acadêmico. Um ex-decano da instituição foi condenado a dois anos de prisão e uma funcionária recebeu uma pena de 18 meses.
Chamada de “Rasputina” pela imprensa sul-coreana, Choi responde ainda por ter utilizado sua relação com a presidente para extorquir cerca de 70 milhões de dólares (233 milhões de reais) de empresas do país, que recebiam tratamento favorável do governo. Apesar de não ter cargo público, a amiga de infância de Park supostamente tinha acesso a documentos oficiais. Ela pode ser condenada a dezenas de anos de prisão se for considerada culpada das acusações de extorsão e abuso de poder.
O Tribunal Constitucional ratificou a cassação de Park no dia 10 de março. Após ela perder sua imunidade presidencial, a Promotoria solicitou um mandado de prisão preventiva que a presidente cumpre há quase três meses. A ex-governante também será julgada por 18 acusações, entre elas suborno, abuso de poder e vazamento de documentos oficiais, que podem lhe condenar de dez anos de prisão até a prisão perpétua.
(Com AFP e EFE)