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Reino Unido, Austrália, Canadá e mais países sancionam ministros de Israel por incitação à violência

Medida mira Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, e Bezalel Smotrich, das Finanças

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jun 2025, 11h50 - Publicado em 10 jun 2025, 11h42

Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega sancionaram os ministro israelenses Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, e Bezalel Smotrich, das Finanças, nesta terça-feira, 10, por “incitação repetida de violência contra comunidades palestinas”, afirmou a chancelaria britânica. A sanção prevê congelamento de ativos e proibição de viagens aos ministros.

“Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich incitaram a violência extremista e graves abusos dos direitos humanos palestinos. Essas ações são inaceitáveis”, disseram ministro das Relações Exteriores do países em declaração conjunta.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse que a medida é “ultrajante” e que o governo realizaria uma reunião especial no início da próxima semana para decidir como responder à “decisão inaceitável”. Smotrich, discursando na inauguração de um novo assentamento nas Colinas de Hebron, falou de “desprezo” pela decisão britânica.

A decisão de sancionar os ministros é parte de uma crescente pressão internacional sobre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para acabar com o bloqueio à ajuda humanitária em Gaza.

Recentemente, Smotrich aprovou a expansão de assentamentos na Cisjordânias, ilegais sob o direito internacional, e fez campanha contra a ajuda humanitária em Gaza. Em maio, ele afirmou que não permitiria a entrada de “nem mesmo um grão de trigo” em Gaza e que o território seria “totalmente destruído”.

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A população da Faixa de Gaza, composta por 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”, apontou um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), apoiada por agências das Nações Unidas, grupos de ajuda e governos.

O documento indicou que o cessar-fogo, que durou de janeiro a março, “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “reverteram” as melhorias. Cerca de 1,95 milhão de pessoas, ou 93% da população de Gaza, vivem níveis de insegurança alimentar aguda. Desse número, mais de 244 mil enfrentam graus “catastróficos”. A fome generalizada, segundo a pesquisa, é “cada vez mais provável” no território. No momento, meio milhão de palestinos, um em cada cinco, estão famintos em Gaza.

Ben-Gvir, por sua vez, invadiu a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, em 26 de maio e pediu que o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos fosse substituído por uma sinagoga. Ele também pediu repetidamente a expulsão dos palestinos de Gaza. “Devemos incentivar a emigração, incentivar a emigração voluntária dos moradores de Gaza”, disse ele no ano passado.

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